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FGV: Alimentação e Transportes aceleram e pressionam IPC do IGP-M de outubro

Maria Regina Silva

São Paulo

30/10/2018 11h19

A aceleração no ritmo de alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em outubro para 0,51%, na comparação com 0,28% em setembro, foi influenciada por cinco dos oito grupos que compõem o indicador. É o que mostram dados divulgados nesta terça-feira, 30, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ao informar o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Em contrapartida ao IPC-M, o IGP-M do período perdeu força, de 1,52% para 0,89%. O dado ficou dentro intervalo das estimativas da pesquisa do Projeções Broadcast, de 0,79% a 1,05%, mas veio menor que a mediana de 0,91%.

A maior contribuição de aumento do conjunto de preços de Alimentação no IPC-M foi o conjunto de preços de Alimentação, cuja taxa atingiu 0,70% no décimo mês do ano, depois de 0,01%. Neste segmento, a FGV destaca o comportamento dos preços de hortaliças e legumes, que tiveram aumento de 10,13% ante queda de 5,61% em setembro.

O grupo Transportes também avançou no período para 1,06% em relação a 0,59% antes. No segmento, a FGV ressalta a elevação de 3,49% os preços da gasolina em outubro na comparação com 1,71% em setembro.

Ainda apresentaram avanços os conjuntos de preços de Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,48%), Educação, Leitura e Recreação (0,52% para 0,63%) e Comunicação (0,05% para 0,17%). Pela ordem, as principais influências observadas nesses grupos partiram dos seguintes itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,64% para alta de 0,86%), salas de espetáculo (-2,92% para alta de 1,66%) e tarifa de telefone móvel (-0,44% para alta de 0,05%).

Na contramão, houve alívio nas taxas dos grupos Habitação (0,26% para 0,04%) e Despesas Diversas (0,46% para 0,07%). Em Habitação, a FGV cita o recuo observado em tarifa de eletricidade, cuja taxa passou de elevação de 0,02% em setembro para declínio de 0,48% este mês. Já em Despesas, menciona a queda de 0,04% nos preços de cigarros depois do aumento de 0,88% no nono mês do ano.

O grupo Vestuário repetiu a taxa de variação de 0,57% em outubro, registrada na última apuração. As principais influências partiram de roupas masculinas (0,09% para 0,54%). Já calçados (0,50% para -0,19%) ficaram mais baratos.

INCC-M

Quanto ao Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que subiu 0,33% em outubro, após 0,17% em setembro.

Conforme a FGV, o indicador relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços ficou em 0,46%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,38%. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,22% em outubro, depois de taxa zero.