Confiança da construção sobe 2,9 pontos em novembro, revela FGV
"Nos três últimos meses, as expectativas de recuperação da demanda e de melhoria dos negócios no curto prazo aumentaram a confiança dos empresários do setor, um movimento que foi impulsionado com o desfecho das eleições", afirma Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.
"Paralelamente, o indicador de atividade mostra uma retomada ainda muito lenta, mas que já começa a repercutir sobre o emprego. Enfim, a atividade setorial ainda está muito aquém de sua média histórica, mas a direção é de retomada", observa a especialista.
A melhora das perspectivas de curto prazo foi o principal fator de influência sobre o movimento em novembro. O Índice de Expectativas (IE-CST) apresentou alta de 4,8 pontos, aos 95,8 pontos, recuperando o nível de janeiro deste ano. Destaque para o componente que mede o otimismo com os negócios nos próximos seis meses, com alta de 7,0 pontos, marcando 96,5 pontos.
Já o Índice de Situação Atual (ISA-CST) teve expansão de 1,1 ponto em novembro, chegando a 74,1 pontos, retomando o nível de junho de 2015 (74,2 pontos). Neste indicador, a maior contribuição partiu do componente que mede percepção sobre o momento atual, com alta de 1,9 pontos, a 76,4 pontos, no maior nível desde março de 2015 (77,9 pontos).
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) sofreu retração de 1,3 ponto porcentual, para 64,7%. Conforme a FGV, os indicadores desagregados do Nuci para Mão de Obra e Máquinas e Equipamentos também tiveram variações negativas: -1,4 e -1,0 ponto porcentual, respectivamente.
O desconforto dos empresários da construção, em especial com os fatores que afetam negativamente a atividade, como demanda insuficiente, acesso a crédito bancário e limitações financeiras, está em trajetória descendente, avalia a FGV. "Percebe-se graficamente que enquanto o ISA-CST tem mostrado uma tendência ascendente nos últimos meses, o índice de desconforto tem diminuído", aponta.
A edição de novembro de 2018 da Sondagem da Construção recebeu informações de 607 empresas, entre os dias 2 e 23 do mesmo mês.
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