Bradesco: bolsa pode receber US$ 50 bi de fundos de emergentes em 2019
Além dos recursos para o mercado financeiro, o banco estima que US$ 200 bilhões podem vir nos próximos cinco anos, auxiliado, por exemplo, pela agenda de privatizações, concessões e investimentos em infraestrutura. Noronha disse que para todos esses recursos aportarem aqui, é preciso que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, avance com a agenda de reformas, sobretudo a Previdência.
Noronha contou que esteve reunido recentemente em Nova York com dois fundos globais e constatou esse interesse. Por volta de 2010, o Brasil respondia por 16% da alocação de recursos dos fundos dedicados a emergentes. Este patamar veio caindo e estava em apenas 5% este ano, mas já começou a subir e pode ir a 7%, ressaltou o executivo. Com as reformas avançando, a expectativa é que o País recupere mais espaço e volte ao menos no nível que tinha em 2010, afirmou.
Noronha disse que a entrada desses recursos em 2019 pode ajudar a bolsa a subir e a apreciar o real. Nas reuniões em Nova York, ele contou que um dos gestores de um fundo global disse que há cinco anos não tinha demandas sobre Brasil, mas agora o quadro começou a se alterar.
Para a diretora do Bradesco Denise Pavarina, neste final de ano o quadro ainda é de cautela dos estrangeiros, que estão com um olhar mais cuidadoso, e é natural que seja assim, por conta da troca de governo e de ainda haver dúvidas sobre a agenda de reformas.
"O investidor que tinha feito redução de exposição não vai entrar em um momento que tem muita dúvida", disse ela. "Mas eles estão muito ávidos para entrar."
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