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Indústria será parceira sempre que objetivo for destravar economia, diz CNI

Idiana Tomazelli e Lorenna Rodrigues

Brasília

17/12/2018 16h29

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, afirmou nesta segunda-feira, 17, que a indústria será "parceira" do novo governo sempre que o objetivo for destravar a economia. Ele reconheceu que o próximo ano será difícil, já que a equipe econômica liderada pelo futuro ministro Paulo Guedes terá a missão de "arrumar a casa", sobretudo na área fiscal. Mas Andrade demonstrou otimismo.

"Temos expectativa de que País realmente vai mudar, teremos oportunidade de atrair investimentos", afirmou o presidente da CNI ao participar de debate promovido pelo Correio Braziliense.

Andrade citou uma série de iniciativas da indústria na formação de capital humano para contribuir para a elevação da produtividade no País, mas ressaltou que há questões que só o governo pode endereçar, como a questão tributária.

"Nós seremos parceiros do governo sempre que o objetivo for destravar a economia, fazer a indústria crescer e desenvolver tecnologia", disse. "Certas coisas só o governo pode fazer, mas nós podemos fazer muito pela indústria brasileira. Temos grande chance e grande possibilidade de fazer mudanças", acrescentou.

Segundo o presidente da CNI, as estimativas apontam que o Brasil precisa em média de 4 trabalhadores para entregar o mesmo que um único trabalhador norte-americano. No entanto, ele ponderou que essa não é uma medida transversal a todas as atividades. Para Andrade, há algumas áreas mais produtivas, outras menos.

Em desvantagem, segundo ele, estão algumas regiões que hoje não têm mão de obra amplamente qualificada, como a região Norte. "Sem qualificação, Estados como Acre e Amazonas não vão atrair empresas", disse Andrade.