Confiança da Construção fica estável em janeiro ante dezembro, revela FGV
O desempenho do ICST no primeiro mês do ano retrata que as expectativas dos empresários voltaram ao nível de janeiro de 2018, indicando uma posição cautelosa do setor empresarial em relação à evolução da demanda nos próximos meses, avalia Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.
"No entanto, a carteira de contratos das empresas melhorou bastante ao longo do ano passado e começa 2019 em alta, o que explica a percepção mais favorável referente ao ambiente corrente de negócios. A sondagem de janeiro traz indicadores que devem se traduzir em números positivos para o setor ao longo de 2019", observa Ana Maria.
De acordo com a FGV, a estabilidade do ICST no primeiro mês deste ano foi influenciada exclusivamente pela melhora da situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,4 ponto, para 75,1 pontos, a maior marca desde abril de 2015 (75,5 pontos).
O resultado positivo do índice veio da contribuição do indicador que mede a situação atual da carteira de contratos, que avançou 1,3 ponto, para 73,4 pontos, o nível mais elevado desde junho de 2015 (73,9).
O Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 0,6 ponto, para 95,9 pontos. A queda das expectativas foi influenciada pelo indicador que apura a demanda prevista para os próximos três meses, que caiu 3,8 pontos, atingindo 93,4 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor variou 0,1 ponto porcentual, para 66,7%. Já o Nuci para Mão de Obra ficou estável, enquanto o Nuci para Máquinas e Equipamentos subiu 0,2 ponto porcentual.
Conforme a FGV, os componentes da confiança do segmento de edificações tiveram resultados mistos, resultando em recuo de 6,3 pontos da diferença entre o IE e o ISA. A diferença atual (12,8 pontos), explica, representa o menor nível desde novembro de 2016 (12,4), reflexo da melhora na percepção dos empresários do mercado imobiliário em relação ao momento atual.
"Existe grande expectativa em relação à retomada do mercado imobiliário, que em 2018 registrou crescimento nos lançamentos e vendas. O segmento foi o que teve maior alta em sua carteira de contratos em janeiro, o que reforça a percepção positiva em relação à atividade", avalia Ana Maria Castelo. Contudo, ela pondera que o momento ainda não se assemelha ao verificado em anos anteriores. "Nada que possa ser comparado ao boom do período 2007 a 2012, como mostra o recuo das expectativas."
A edição de janeiro de 2019 coletou informações de 556 empresas entre os dias 2 e 23 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Construção ocorrerá em 25 de fevereiro.
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