Petrobras, Caixa e BB devem permanecer estatais, mas 'bem magrinhas', diz Mattar
"Vamos surpreender", afirmou Mattar, destacando que, tirando as três estatais citadas acima, a intenção é vender todas as outras e, no caso da Eletrobras, em um primeiro momento capitalizar a companhia e sair do controle.
"Na área de óleo e gás, só vai permanecer a Petrobras", afirmou o executivo, fundador da Localiza. "A Petrobras é uma megacompanhia, mas não tem eficiência e produtividade que falam no mercado", disse ele, ressaltando que a companhia deve começar "lentamente" a vender participações de muitas subsidiárias. "A tendência é que até final deste governo a Petrobras tenha vendido todas participações."
O secretário disse que o governo "não pode continuar sendo empresário, mas sim cuidar de coisas que fazem sentido para a população, como saúde e educação". "Não faz sentido o governo atuar na área de seguros."
Mattar ressaltou que o país tem hoje 134 estatais que podem vir a ser privatizadas. Ele destacou que o governo de Michel Temer privatizou 20, mas o do PT criou 48 companhias públicas. "Queremos o povo rico e o Estado mais enxuto", comentou. "Se vendêssemos todas estatais poderíamos reduzir nossa dívida para R$ 3 trilhões", disse ele.
O secretário afirmou que tem feito trabalho de "formiguinha" para convencer outros ministérios sobre a necessidade de vender estatais, mas reforçou que os novos executivos que assumiram a Petrobras e o BB têm visão de mercado e não têm resistência a vender as subsidiárias.
Destacou também que o Brasil tem "18 estatais dependentes", que custam R$ 15 bilhões por ano ao governo, como EBC, Valec, CBTU, Embrapa e Codevasf.
Mattar afirmou que os governos sociais democratas são "fingidos", não gostam do capitalismo e de empresários. "Este governo gosta de empresários", disse ele, destacando que não haverá quebra de contratos e que o presidente Jair Bolsonaro vai garantir segurança jurídica para se fazer negócios.
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