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Despesas operacionais do Bradesco sobem 3,9% e atingem R$ 10,619 bi no 4º tri

Aline Bronzati

São Paulo

31/01/2019 10h38

As despesas operacionais do Bradesco totalizaram R$ 10,619 bilhões no quarto trimestre do ano passado, aumento de 3,9% ante idêntico intervalo de 2017, de R$ 10,218 bilhões. Ante o terceiro trimestre, foi vista alta de 5,1%.

No ano de 2018, as despesas operacionais do Bradesco totalizaram R$ 40,277 bilhões, incremento de 1,7% ante 2017, quando esses gastos somaram R$ 39,622 bilhões.

As despesas de pessoal do Bradesco somaram R$ 5,224 bilhões no quarto trimestre, aumento de 7,1% em um ano e de 4,4% no comparativo trimestre.

A instituição destaca, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que mesmo considerando os efeitos do acordo coletivo de 2018/2019 (reajuste de 5%), o aumento das despesas com processos trabalhistas e PLR, suas despesas totais tiveram evolução anual abaixo da inflação. Segundo o banco, nos comparativo trimestral, a alta reflete, além dos efeitos do acordo coletivo, as maiores despesas com PLR que evoluíram em função do aumento do lucro.

Já os gastos administrativos do banco foram a R$ 5,395 bilhões de outubro a dezembro, aumento de 1,0% em um ano e de 5,9% na comparação com os três meses anteriores.

Conforme o Bradesco, no comparativo anual, as despesas tiveram bom desempenho, principalmente considerando a inflação do período. A instituição destaca a redução nas despesas com manutenção e conservação de bens, comunicação e segurança e vigilância, que reflete os ajustes realizados, bem como as sinergias da aquisição do HSBC Brasil e a estratégia de otimização dos pontos de atendimento.

Margem financeira

A margem financeira total do Bradesco alcançou R$ 16,781 bilhões de outubro a dezembro, 6,1% maior em relação à cifra vista há um ano, de R$ 15,813 bilhões. Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, o aumento foi de 6,6%.

"O desempenho de todas as linhas como crédito e seguros contribuiu com a boa performance da margem financeira de juros apresentada nos trimestres, reflexo da maior eficiência na gestão de ativos e passivos da Organização e crescimento do volume médio nos negócios", destaca o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

No acumulado de 2018, a margem financeira total do Bradesco foi a R$ 63,300 bilhões, leve alta de 0,3% contra 2017.

Do total, a margem financeira de juros do Bradesco, composta por operações que rendem juros, representou R$ 16,523 bilhões no quarto trimestre do ano passado, elevação de 6,0% no trimestre e de 5,5% em um ano.

A taxa média anualizada da margem financeira total foi a 6,2% ao fim de dezembro contra 6,3% em setembro. Em um ano, estava em 6,7%.

O spread bruto do banco foi a 11,0% no fim de dezembro ante 11,3% em setembro e 11,7% em um ano. No conceito líquido, foi a 7,7% contra 7,5% e 6,8%, nesta ordem.

Já a margem financeira não juros, que compreende basicamente as operações da tesouraria, somou R$ 258 milhões no quarto trimestre, crescimento de 55,4% ante o terceiro trimestre. Em um ano, foi visto salto de 69,7%. Em todo o exercício de 2018, a margem financeira não juros do Bradesco mais que dobrou, com elevação de 120,8%, para R$ 722 milhões.

Mudança

O Bradesco informa, em relatório, que como resultado do processo interno de aprimoramento da avaliação dos resultados, a partir do primeiro trimestre de 2019, vai realizar novas realocações gerenciais na demonstração do resultado recorrente e alterações na composição da margem financeira.

Na análise da Margem Financeira, as parcelas de "juros" e "não juros" passam a ser analisadas de forma única, alocadas em "Margem com Clientes" e "Margem com o Mercado". A margem de seguros (resultado financeiro da operação) será demonstrada juntamente com o "Resultado das Operações de Seguros, Previdência e Capitalização", na demonstração do resultado recorrente.

Inadimplência

O índice de inadimplência do Bradesco, considerando atrasos acima de 90 dias, teve a sétima queda consecutiva, chegando a 3,51% no quarto trimestre ante 3,63% no trimestre anterior. Em um ano, quando estava em 4,7%, a melhora chegou a 1,19 ponto porcentual.

O comportamento da inadimplência, conforme o banco, reflete a melhor qualidade das novas safras e os ajustes nos processos de concessão e recuperação de crédito. O Bradesco enfatiza ainda que todos os segmentos apresentaram melhora no índice desde o início de 2018, com destaque para os segmentos de micro, pequenas e médias empresas e de pessoas físicas.

"Desde o pico da inadimplência em março de 2017, o índice total apresentou redução de 2,1 p.p.", informa a instituição.

A inadimplência (90 dias) da pessoa física foi a 4,43% no quarto trimestre ante 4,66% no terceiro. O indicador da micro, pequenas e médias empresas ficou em 4,25% contra 4,46%. Na grande empresa, a inadimplência foi de 1,46% no quarto trimestre ante 1,47% no terceiro.

O índice de calote de curto prazo, que compreende atrasos entre 15 e 90 dias, foi a 3,51% no quarto trimestre contra 3,89% no terceiro. Todos os segmentos, tanto da pessoa física como da jurídica, tiveram melhora no período de referência.

Provisões

As provisões (PDDs) no conceito expandida do Bradesco totalizaram R$ 3,685 bilhões no quarto trimestre, aumento de 4,9% ante o terceiro, de R$ 3,512 bilhões. Em um ano, quando estavam em R$ 5,405 bilhões, foi vista redução de 31,8%.

No ano, as PDDs do banco somaram R$ 14,526 bilhões, redução de 29,6% ante 2017, de R$ 20,644 bilhões.

Somente as despesas de PDDs totalizaram R$ 4,495 bilhões no quarto trimestre, queda de 7,5% ante o terceiro, de R$ 4,857 bilhões. Ante 12 meses, quando estavam em R$ 5,414 bilhões, a queda foi de 17,0%. Em todo o exercício de 2018, as despesas de PDDs do banco alcançaram R$ 18,320 bilhões, redução de 19,6% na comparação com 2017, quando essa cifra foi de R$ 22,799 bilhões.

O saldo de PDDs do banco alcançou R$ 35,084 bilhões no quarto trimestre, queda de 0,4% ante o terceiro, de R$ 35,237 bilhões. Em um ano, quando estava em R$ 36,527 bilhões, foi visto declínio de 4,0%.