Proposta de reforma é 'muito boa', diz Cândido Bracher
Uma das principais polêmicas do texto é exatamente a idade mínima, fixada em 65 anos para homens e mulheres. Apesar de defender a ideia, o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu ontem que essa não é a posição de Bolsonaro, que defende uma idade menor para as mulheres.
Mas, para o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, a idade mínima igual para homens e mulheres deveria ser inegociável. "Se cair a idade mínima, esquece. Se você recuar nesse ponto, teremos de voltar para o tema da reforma da Previdência em cinco anos", disse.
Segundo Schwartsman, se o texto final da reforma da Previdência ficar parecido com a proposta da equipe do ex-presidente Michel Temer, que hoje tramita na Câmara, não vai ser suficiente. Essa proposta prevê, por exemplo, idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para as mulheres.
Para Cândido Bracher, porém, a atual proposta que está no Congresso já tem condições de garantir anos sustentáveis de crescimento ao País e que, portanto, uma mudança na aposentadoria oficial deveria ser, ao menos, no patamar da que já foi proposta. Mas, segundo ele, ainda não está claro se a minuta publicada na segunda-feira será a base da Reforma da Previdência.
"Precisamos de uma reforma da Previdência que interrompa o crescimento da dívida em relação ao PIB", disse o presidente do Itaú, acrescentando que, sem a reforma, a inflação baixa não se sustenta. Caso a reforma da Previdência seja aprovada, disse, o Ibovespa tende a superar os 100 mil pontos.
Ele enfatizou, entretanto, que, se não passar, a queda será mais intensa do que a subida do Ibovespa. "O mercado já precificou uma expectativa de 70% a 75% de a reforma da Previdência ser aprovada neste ano", disse.
Na semana passada, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, já havia classificado a Previdência como a "mãe" de todas as reformas. Segundo ele, os ajustes nas aposentadorias são fundamentais para que o Brasil engrene um ritmo de crescimento mais acelerado e as empresas voltem a investir. "O País vai entrar em um ritmo de crescimento alto. Mas, para isso, algumas coisas precisam acontecer. A mãe de todas as reformas (a da Previdência) é um primeiro sinal claro a todo o mercado", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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