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Demanda ainda fraca ajuda a conter alta do IPCA, avalia IBGE

Daniela Amorim

Rio

12/03/2019 14h15

A demanda fraca e o poder de compra limitado da população ainda ajudam a conter a inflação oficial no País. A avaliação é de Fernando Gonçalves, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, houve queda de preços em dois dos nove grupos que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): Vestuário (-0,33%) e Transportes (-0,34%). O grupo Comunicação ficou estável (0,0%).

Entre os avanços, as duas principais pressões vieram de Alimentação e bebidas (0,78%) e Educação (3,53%). "Alimentação e Educação respondem por aproximadamente 84% do IPCA de fevereiro", lembrou Gonçalves.

Embora Educação tenha refletido o tradicional reajuste de mensalidades escolares nessa época do ano, a alta de 2019 foi a mais baixa em mais de 10 anos. Segundo Gonçalves, algumas escolas estariam negociando reajustes menores, para evitar a evasão de alunos.

No caso de alimentação, houve pressão de culturas prejudicadas pelo clima e redução de área plantada, como o caso de feijões. Mas a alimentação consumida fora do domicílio, que reflete a demanda, teve queda de 0,04% no preço. A refeição consumida fora de casa ficou 0,22% mais barata no mês.

Entre os demais grupos, as famílias gastaram 0,20% mais com Artigos de residência; 0,49% mais com Saúde e cuidados pessoais; 0,38% mais com Habitação; e 0,18% mais com Despesas Pessoais.