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Queda em tarifas aéreas ajuda a desacelerar inflação de serviços, diz IBGE

Daniela Amorim

Rio

12/03/2019 13h24

A queda de 16,65% nas passagens aéreas ajudaram a conter a inflação de serviços em fevereiro, a despeito da pressão dos reajustes de mensalidades escolares, apontou Fernando Gonçalves, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os cursos regulares subiram 4,58% em fevereiro.

A inflação de serviços desacelerou de 0,50% em janeiro para 0,39% em fevereiro, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Já a taxa acumulada em 12 meses pela inflação de serviços passou de 3,71% em janeiro para 3,35% em fevereiro.

Quanto à inflação de bens e serviços monitorados pelo governo, houve aceleração de 0,05% em janeiro para 0,29% em fevereiro. O preço da gasolina caiu menos, enquanto houve pressão dos aumentos do gás encanado e da energia elétrica.

A taxa da inflação de monitorados acumulada em 12 meses diminuiu de 6,04% em janeiro para 5,77% em fevereiro, o menor patamar desde julho de 2017, quando estava em 4,72%. "Mas o ano está começando agora, e vai começar a vir reajustes de energia elétrica, etc", ponderou Gonçalves.

A inflação do próximo mês pode ser impactada por um avanço na conta de luz no Rio de Janeiro, que em 2018 ocorreu no mês de março, lembrou o gerente do IBGE. Outros reajustes de itens monitorados que podem pressionar o IPCA são a taxa de água e esgoto em Fortaleza e Aracaju; ônibus urbano em Porto Alegre, Recife e Curitiba; e trem em Porto Alegre.

Por outro lado, podem ajudar a conter a taxa o reajuste menor de gás encanado em São Paulo e a redução nos preços de cigarros em Porto Alegre, São Paulo, Curitiba e Brasília.