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Estimativa do IPCA para 2019 passa de 3,87% para 3,89%, mostra Focus do BC

Idiana Tomazelli

Brasília

18/03/2019 10h18

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2019. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 3,87% para elevação de 3,89%. Há um mês, estava em 3,87%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo nível.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos (o que resulta em intervalo de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

No início de fevereiro, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o BC atualizou suas projeções para a inflação no cenário de mercado: 3,9% para 2019 e 3,8% para 2020. Na próxima quarta-feira, após nova reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgará novamente suas projeções.

No Focus desta segunda, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 passou de 3,85% para 4,01%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,86% e 4,00%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual ao verificado há um mês. Já a projeção para 2022 no Top 5 passou de 3,50% há um mês para 3,63% no relatório divulgado nesta segunda.

Últimos 5 dias úteis

A projeção mediana para o IPCA 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 3,86% para 3,88%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 91 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,89%.

No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis permaneceu em 4,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. A atualização no Focus foi feita por 82 instituições.

Em fevereiro, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o Banco Central atualizou suas projeções para a inflação no cenário de mercado: 3,9% para 2019 e 3,8% para 2020.

Março

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para a alta do IPCA em março de 2019, de 0,38% para 0,46%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central. Um mês antes, o porcentual projetado estava em 0,34%.

Para abril, a projeção no Focus permaneceu em 0,38%. Para maio, foi mantida em 0,34%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,38% e 0,33%, respectivamente.

No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,05% para 3,99% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,02%.

Preços administrados

O Relatório de Mercado Focus indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano passou de alta de 4,92% para elevação de 4,94%. Para 2020, a mediana permaneceu em alta de 4,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,89% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,30% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,1% em 2019 e 3,9% em 2020. Estes porcentuais foram informados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em dezembro.

IGPs

O Relatório de Mercado Focus mostrou ainda que a mediana das projeções do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de 2019 passou de 4,50% para 4,67%. Há um mês, estava em 4,01%. No caso de 2020, o IGP-M projetado seguiu em 4,00%, igual ao visto quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.