Eduardo Cury será relator da reforma da Previdência na comissão especial
Em uma jogada ensaiada com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vai oficializar nos próximos dias o nome do deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) como relator da reforma da Previdência na comissão especial que trata o assunto na Câmara. Quando a proposta do ex-presidente Michel Temer estava em análise pela Câmara, ele não quis responder ao Placar do Estadão como votaria.
A escolha de Cury ao posto que ganhará muita relevância na Câmara nos próximos meses é do próprio secretário da Previdência, Rogério Marinho. Filiados ao PSDB, Marinho e Cury se aproximaram ainda na Câmara, onde trabalharam juntos nos últimos quatro anos. Marinho escolheu Cury pelo seu perfil centrado e trabalhador. Na mesa de Marinho havia outros nomes com este mesmo perfil, como o de Reinhold Stephanes. Ao jornal O Estado de S.Paulo, Marinho disse que essa não é uma pauta de partido político, mas de País e o nome escolhido tem de estar comprometido com a pauta. Ele não quis confirmar a escolha de Cury.
A aliados do Centrão, Rodrigo Maia havia demonstrado resistência em indicar o tucano à relatoria da PEC 6/2019. A ideia inicial de Maia era encontrar um nome de consenso dentro desse bloco que atuou unido durante a campanha presidencial. Dentre as principais opções deste grupo, estava o nome de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Depois de uma série de reuniões, Rodrigo Maia foi convencido por Marinho e Guedes a ceder. Aguinaldo, porém, passa a ser cotado para a cadeira de relator da proposta da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Deputado reeleito, Cury foi prefeito de São José dos Campos (SP) por dois mandatos consecutivos, de 2005 a 2012. Lá, também atuou como chefe de gabinete do então prefeito Emanoel Ernandes e secretário de Transportes (1997/2002). É formado em engenharia industrial mecânica.
Há três semanas cotado para assumir a relatoria da Previdência, Eduardo Cury já vinha estudando o texto da matéria. Ele terá nas mãos a missão de convencer os deputados a aprovar o texto que propor. Dentro do seu próprio partido, o PSDB, sabe que não tem maioria definida em torno do texto apresentado pelo governo. Cury, porém, já demonstrou a aliados estar disposto a iniciar o diálogo.
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