Líderes de partido alternam entre críticas ao governo e tentativas de pacificação
"Chegando no Congresso Nacional, ouvindo as ruas, eu sinto que o Brasil precisa de um presidente, e não de um tuiteiro", disparou o deputado José Nelto (Pode-GO), líder do Podemos, cuja bancada tem hoje 11 componentes.
Líder dos oito deputados do PPS na Câmara , Daniel Coelho (PPS-PE), cobrou posição mais ativa em defesa da reforma por parte da bancada do partido do presidente. O deputado lembrou que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa é Felipe Francischini (PSL-PR) e que cabe a ele a "prerrogativa de conduzir o processo".
Daniel argumentou que Bolsonaro disse que cabe a cada parte cumprir seu papel na reforma e que está, então, "nas mãos do seu partido, o PSL, botar para votar".
Nos últimos dias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) trocaram farpas pela imprensa. O deputado ameaçou deixar a articulação em prol da reforma da Previdência e alegou falta de comprometimento de Bolsonaro com esta que é a principal pauta econômica do começo do governo.
Vice-líder da bancada de 54 deputados do PSL, Bia Kicis (PSL-DF) chamou pelo Twitter "todos os brasileiros direta ou indiretamente envolvidos no cenário político a um pacto pelo nosso Brasil".
A deputada pediu calma nos ânimos e foco "na aprovação da Nova Previdência". O apelo da parlamentar incluiu ainda o propósito de preservar o País atual e as "futuras gerações".
Tentando pacificar o conflito aberto, o líder da bancada tucana (30 deputados) Carlos Sampaio (PSDB-SP) escreveu que "nesse momento os anseios do povo brasileiro devem estar acima de qualquer interesse pessoal".
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