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Transportes sobem 0,59% no IPCA-15 de março e geram segundo maior impacto

Vinicius Neder

Rio

26/03/2019 10h30

O grupo Transportes avançou 0,59% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de março, com impacto de 0,11 ponto porcentual (p.p.) no indicador, o segundo maior entre os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os preços de Transportes só ficaram atrás do grupo Alimentação e Bebidas (alta de 1,28%, impacto de 0,32 p.p.). O IPCA-15 de março avançou 0,54% e teve a maior alta para o mês desde 2015.

Nos Transportes, o movimento de aceleração da inflação foi puxado pela passagem aérea (7,54%) e pelo etanol (2,64%), ambos com 0,03 p.p. "A gasolina (0,28%), após três meses consecutivos de quedas, apresentou ligeira alta, contribuindo com 0,01 p.p. no índice do mês", diz a nota divulgada pelo IBGE.

Ainda no grupo Transportes, as variações ficaram entre a queda de 1,15% na região metropolitana de São Paulo e a alta de 5,92% na região metropolitana de Fortaleza. As disparidades responderam, em parte, aos reajustes nas tarifas de ônibus. No IPCA-15 de março, o item "ônibus urbanos" avançou 0,73%, por causa de reajustes aplicados em Porto Alegre, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro e Fortaleza.

Também houve inflação de 1,35% nos preços das passagens de trem. Segundo o IBGE, os destaques foram os reajustes nas tarifas do Rio (9,52%, a partir de 2 de fevereiro) e de Porto Alegre (27,30%, vigente desde 13 de março).

O grupo Saúde e Despesas Pessoais registrou avanço de 0,22% no IPCA-15 de março, com o terceiro maior impacto (0,05 p.p.) entre os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE. Em seguida veio o grupo Habitação, com alta de 0,28% e impacto de 0,04 p.p. O item energia elétrica teve alta de 0,43% em março, pouco acima do registrado em fevereiro (0,38%), informou o IBGE.

Deflação

Apesar da aceleração da inflação ao consumidor captada pelo IPCA-15 de março, os preços de artigos para casa e de comunicação ficaram mais baratos. Na contramão da média, os grupos Artigos de Residência (-0,23%) e Comunicação (-0,19%) tiveram deflação de fevereiro para março.

Segundo o IBGE, em Comunicação, a deflação de março se deveu à queda no preço dos aparelhos telefônicos (-1,86%) e ao item telefone fixo (-0,50%), "por conta da redução média de 7,50% no valor das tarifas de fixo para móvel, a partir de 25 de fevereiro", diz a nota divulgada pelo órgão de estatística.

No grupo Artigos de Residência houve deflação nos subitens "mobiliário" (-0,27%), "cama, mesa e banho" (-0,85%) e aparelhos eletroeletrônicos (-0,40%).