Acordo para cessão onerosa veio em linha com expectativa do mercado
Sob condição de anonimato, um participante que acompanha de perto a empresa disse que, depois de um período turbulento, "finalmente uma agenda positiva está acontecendo". Recentemente, a empresa recebeu uma proposta bem avaliada pelo mercado para a TAG, principal item na lista de desinvestimentos da Petrobras, cujo montante ofertado, de US$ 8,6 bi, cobre um terço do plano de desinvestimentos da estatal até 2020 de uma só tacada. "O resultado do acordo ajuda a dar mais sustentação às ações", acrescentou.
O presidente da estatal, Roberto Castello Branco, já afirmou que o maior interesse da empresa é usar o recurso da cessão onerosa para ampliar sua exploração nas áreas. Segundo o analista, tais fundos que a companhia ganhou nesse equilibro de contrato vai elevar suas reservas. "É um barril que entra imediatamente. Todo mundo sabe que tem petróleo ali e ela já está produzindo. Este ativo é melhor do que um leilão exploratório. Ele é mais rápido, mais previsível para ela reaver o dinheiro investido", apontou o analista.
O valor anunciado, de US$ 9,058 bilhões, veio bem próximo do que já esperavam analistas das principais casas. Em relatório recente, o Itaú BBA disse que seus cálculos apontavam para um acordo favorável para a estatal em US$ 10 bilhões. Na mesma linha, o banco UBS afirmou, em relatório, que sua projeção estava na casa dos US$ 12,5 bilhões.
Nas últimas semanas, integrantes do governo já sinalizavam a possível conclusão do acordo. Na imprensa, algumas fontes projetaram um valor próximo dos US$ 10 bilhões. Conforme já noticiou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-CE), estimava que as negociações entre União e a Petrobras na revisão do contrato de cessão onerosa deveriam ter um saldo de US$ 9 bilhões em favor da companhia.
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