Terra Forte pede recuperação judicial
O grupo tem capacidade para vender ao exterior 2,5 milhões de sacas por ano, segundo o advogado responsável pela recuperação judicial, Alexandre Faro, do escritório Freire Assis Sakamoto Violante Advogados. Segundo ele, em um primeiro momento, o plano é buscar um investidor para injetar cerca de R$ 60 milhões de capital de giro na empresa.
Tempestade
A situação financeira do grupo começou a se deteriorar devido a uma conjunção de fatores. De um lado, a dívida da companhia, atrelada ao dólar por se tratar de contratos de exportação teve um salto com a escalada da cotação da moeda americana.
Por outro lado, o setor vem enfrentando uma sequência de queda nos preços por causa da maior oferta do produto. Segundo Faro, nos últimos anos, o valor da saca da commodity caiu de R$ 550 para algo em torno de R$ 340 ou R$ 350.
O pedido de recuperação judicial do Terra Forte veio em um momento em que o preço de referência do café arábica, no mercado de Nova York, ronda seus menores níveis em 13 anos, com produtores de todo o mundo reclamando que os valores de venda estão abaixo dos custos de produção. "Nesse ambiente, a empresa passou a ter uma estrutura de endividamento que não cabia mais em seu caixa", disse Faro.
Os maiores credores do Terra Forte são o banco Bradesco, com R$ 140 milhões; o Banco do Brasil, com R$ 120 milhões; e o Banco Cargill, com R$ 110 milhões. A exportadora também tem dívidas com tradings (negociadoras de grãos), mas os valores são pulverizados entre várias empresas.
Com sede em São João da Boa Vista (SP) e operações também no Paraná, Minas, Espírito Santo e Bahia, o grupo Terra Forte terá agora 60 dias para apresentar um plano de reestruturação da dívida com seus credores. A empresa não quis comentar sobre o pedido de recuperação judicial./ COM REUTERS
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.