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Mesmo que reforma passe, 2019 é um ano perdido, diz presidente de comissão

Deputado Marcelo Ramos (PR-AM), presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência - Agência Câmara
Deputado Marcelo Ramos (PR-AM), presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência Imagem: Agência Câmara

Bárbara Nascimento e André Ítalo Rocha

São Paulo

10/05/2019 10h33Atualizada em 10/05/2019 11h15

O presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM), disse nesta sexta-feira (10) que, ainda que o texto seja aprovado, 2019 é um ano perdido. Ele afirmou que este será um ano de Produto Interno Bruto (PIB) baixo e pequena retomada do emprego. Ressaltou, porém, que, sem a reforma, "o futuro é de caos absoluto".

"A reforma não vai resolver todos os nossos problemas. E no dia seguinte à aprovação não vamos viver um mundo de prosperidade", disse Ramos, que participa nesta sexta de evento na Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ele frisou que a reforma pede um sacrifício dos brasileiros, maior de que quem tem mais renda. "O país está pedindo a brasileiros que tenham alguma renda que façam sacrifício para que 13 milhões de brasileiros desempregados tenham chance de ter renda no futuro", afirmou.

Previsão

O presidente da Comissão Especial disse, ainda, que as audiências públicas para discutir a proposta na comissão estão previstas para ocorrer até o fim de maio. "Daí em diante teremos as emendas, os destaques e outras coisas relacionadas ao conteúdo", afirmou o parlamentar, durante o evento na FGV.

Em seguida, Ramos sugeriu que a proposta só deve ir a plenário quando houver 308 favoráveis à reforma para aprovação do texto no plenário da Câmara.

"Aí já não é mais tempo nosso da comissão, é o tempo da política. A comissão terá de coordenar trabalhos com a articulação do governo para garantir 308 votos para votar a matéria no plenário", comentou Ramos.