Alta do dólar e preço do petróleo contribuem para maior arrecadação, diz Receita
Segundo Malaquias, os pagamentos neste início de ano ainda refletem a lucratividade das empresas em 2018. "O imposto de renda está apresentando um desempenho satisfatório em relação ao ano anterior. Os resultados vieram muito acima dos valores recolhidos no ano anterior, o que reflete uma melhora no desempenho das empresas em 2018 em relação a 2017", afirmou.
Conforme publicado pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), também contribuiu para esse aumento uma mudança na legislação feita em agosto do ano passado, que endureceu as regras para compensações tributárias, reduzindo as possibilidades de as empresas descontarem créditos tributários do imposto de renda.
De acordo com o coordenador de Previsão e Análise, Marcelo Gomide, apesar de o governo ter cortado em cerca de R$ 5 bilhões a previsão neste ano para a arrecadação de receitas administradas, a projeção para o crescimento em 2019 continua entre 1% e 1,5%, já descontada a inflação.
Atividade
O subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, Marco Cavalcanti, ressaltou que a alta de 1,14% na arrecadação do semestre é ligada a fatores específicos e que o quadro de recuperação lenta da economia se reflete em uma arrecadação mais fraca do que o governo gostaria. "O crescimento da indústria ainda não foi recuperado. Ao longo do ano, na medida que economia passe a se recuperar com as reformas, recuperação da economia se acelerará e esperamos que a arrecadação se recupere mais rapidamente", afirmou.
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