FGV reduz projeção do IPC-S de maio, de 0,40% para 0,20%, com queda de alimentos
Essa queda em Alimentação foi a primeira desde a terceira quadrissemana de agosto (-0,09%), o que ajudou o índice de difusão a cair também, de 57,65% na segunda leitura para 54,41%. Esse é o menor porcentual desde a primeira quadrissemana de dezembro de 2018, quando a difusão também foi de 54,41%.
Só Alimentação contribuiu com -0,08 ponto porcentual para a desaceleração do IPC-S no período, enquanto o grupo com maior contribuição de alta foi Habitação (0,29% para 0,42%), com 0,03 ponto. "Alimentação está ganhando de longe a queda de braço", sintetiza.
E o grupo de alimentos deve continuar cedendo até o fim do mês pelo menos, completa Picchetti, uma vez que a ponta (pesquisas mais recentes) indicam queda mais forte nos principais itens. Em hortaliças e legumes (2,91% para -1,35%), a batata inglesa (1,21% para -0,45%) tem ponta de -6,00%, a cebola (3,73% para 0,02), nas pesquisas mais recentes, aponta recuo de 5,00%, e o tomate (8,61% para -3,23%), que sozinho contribuiu com queda de 0,05 ponto na terceira quadrissemana, indica declínio de 20% na ponta.
Os medicamentos também devem contribuir com o alívio do indicador até o fim do mês de maio, depois do forte aumento devido ao reajuste autorizado pelo governo a partir de 31 de março. Na terceira quadrissemana, o item medicamentos em geral já começou a desacelerar, de 2,35% para 1,92%.
Ainda em alta na terceira leitura do mês, gasolina (3,01% para 3,03%) e etanol (3,29% para 3,64%) também devem ser favoráveis à desaceleração do IPC-S no fechamento de maio, uma vez que as pontas são de 2,50% e 0,90%, respectivamente, indicando desaceleração.
Por outro lado, a energia elétrica (0,86% para 1,49%) deve continuar subindo, conforme indica a ponta de 2,05%, em função do acionamento da bandeira amarela na conta de luz no mês. "O resumo da história é que o choque de ofertas dos últimos meses de alimentos está virando positivo em termos de ajudar o índice a arrefecer", resume.
Previsão do ano
Por enquanto, Picchetti diz que não há motivo para revisar a projeção de 4,30% para o IPC-S do ano, mas o coordenador do índice diz que é preciso ficar atento ao movimento do câmbio, principalmente diante da incerteza política.
Mas, por ora, a alta do dólar ainda não afetou o índice. A taxa de comercializáveis, grupo que reúne itens mais afetados pelo câmbio, desacelerou na terceira quadrissemana, de 0,11% para 0,08%. "Os efeitos não são imediatos", explica.
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