Com adiamento de votação de crédito, porta-voz admite impasses na articulação
"A articulação do governo está resolvendo os impasses por intermédio do diálogo na busca do consenso por entender claramente a importância da aceitação por parte do Congresso da solicitação do governo", disse o porta-voz em entrevista a jornalistas.
Segundo Rêgo Barros, o presidente Bolsonaro "tem a crença de que os parlamentares vão aquiescer sobre a necessidade da manutenção de benefícios, tais como o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e (o programa) Bolsa Família para a parcela mais humilde da população, que serão afetados caso a solicitação do governo não venha a ser encampada pelo Congresso".
O porta-voz afirmou, ainda, que o presidente está otimista sobre a tramitação da reforma da Previdência no Congresso. Rêgo Barros também destacou que Bolsonaro está aberto para discutir a proposta com governadores. Existe uma proposta em debate que exclui Estados e municípios da reforma.
"O presidente estará aberto a interlocução e colher percepção dos governadores no que toca às questões particularmente da nova Previdência. O presidente entende que aquilo que foi encaminhado ao Congresso Nacional é o melhor e aquilo que a sociedade espera para que de fato nós tenhamos a possibilidade de inverter o bico do avião e apontarmos esse avião para cima. Naturalmente, a coparticipação dos governos para reforçar a posição do presidente vem num bom momento e o presidente quer sim ter um acordo para que cheguemos juntos à conclusão de dessa votação e que ela seja exitosa", disse o porta-voz.
Rêgo Barros também comentou o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai definir condições para a venda de subsidiárias das estatais. Até agora, o placar é de 2 a 2. "O presidente se posiciona no sentido de entender o significado de independência dos Poderes", disse. O porta-voz destacou que Bolsonaro vai aceitar a decisão do Supremo.
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