Repartição é preferida por 46% dos entrevistados; 45% querem capitalização
As proposições feitas pelo governo na reforma da Previdência têm níveis de aceitação diferentes dentro da sociedade, conforme pesquisa Ibope contratada pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e obtida com exclusividade pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O levantamento mostra que a fixação de alguma idade mínima é aceita por 75% dos entrevistados. O patamar sugerido pelo governo, de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, é apoiado por 62% e 61% dos brasileiros, respectivamente. Já a capitalização divide o público ouvido: 45% dos entrevistados são favoráveis, enquanto 46% preferem seguir no regime de repartição.
Em relação às aposentadorias especiais, a pesquisa mostra que 51% dos entrevistados concordam que professores parem de trabalhar mais cedo. A proposta de que seja fixada uma idade mínima de 60 anos, contudo, tem aceitação de 58% dos brasileiros, segundo a pesquisa.
O levantamento mostra ainda que a maior parte dos entrevistados, 79%, quer que políticos, servidores e trabalhadores da iniciativa privada tenham as mesmas regras de aposentadoria.
Outros 18% creem que as carreiras podem ter formatos diferentes para se aposentar. Essa percepção é forte em todas as faixas etárias e regiões do país, mas tem destaque principalmente no Sudeste (84%), entre homens (81%), com mais de 5 salários (86%) e na faixa etária entre 25 e 44 anos (81%).
Nordeste tem maior resistência à reforma
No recorte por região, a pesquisa mostra que a principal resistência à reforma se encontra no Nordeste. É a região que tem taxa de rejeição superior à de aceitação.
A pesquisa contratada pelo CLP será divulgada nesta segunda-feira (17) em cerimônia que lançou a rede Apoie a Reforma, formada por 50 instituições que querem gerar conteúdo sobre o tema e atuar junto à sociedade pela aprovação do texto.
A pesquisa foi a campo entre 23 e 27 de maio e soma 2.002 entrevistas, com margem de erro de 2 pontos porcentuais para baixo ou para cima. O levantamento tem abrangência nacional e escutou pessoas de capitais, periferia e interior.
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