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Seis das oito atividades do varejo restrito têm aumento de vendas em maio

Vinicius Neder

Rio

11/07/2019 10h26

As vendas do comércio varejista ficaram estáveis em maio, com ligeira queda de 0,1% ante abril, mas, na composição, houve aumento de vendas em seis das oito atividades do varejo restrito, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

Os destaques de alta na passagem de abril para maio foram as atividades de "hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo" (alta de 1,4%), "Tecidos, vestuário e calçados" (1,7%), "Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos" (0,9%) e "Móveis e eletrodomésticos" (0,6%).

Isabella Nunes, gerente da PMC do IBGE, lembrou que a alta nas vendas de supermercados não foi suficiente para anular a queda de 3,5% nas vendas no acumulado de fevereiro a abril. Nessa atividade, o destaque foi o comportamento da inflação de alimentos. A pesquisadora lembrou que o subgrupo "alimentação no domicílio", dentro do IPCA, passou de uma alta de 0,62% em abril para uma queda de 0,89% em maio.

"Essa atividade responde muito a preço", afirmou Isabella, concordando que a queda nas vendas de supermercados entre fevereiro e abril poderia estar, justamente, atrelada à pressão inflacionária nos alimentos.

Outras atividades que apresentaram alta de vendas foram "Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação" (alta de 2,2% ante abril) e "Livros, jornais, revistas e papelaria" (0,4%).

Pressionando negativamente, os destaques foram as atividades "Outros artigos de uso pessoal e doméstico" (-1,4%) e "Combustíveis e lubrificantes" (-0,8%).

As duas atividades que se somam às oito do varejo restrito para formar o varejo ampliado também caíram: "Veículos, motos, partes e peças" registrou queda de 1,8% ante abril e "Material de construção" recuou 2,1%.

Apesar disso, as vendas no varejo ampliado avançaram 0,2% em maio ante abril. Isabella, do IBGE, explicou que isso ocorre por causa da metodologia de ajuste sazonal, que é feito atividade por atividade. Além disso, a atividade de supermercados, que registrou alta de 1,4% ante abril, tem peso igualmente relevante tanto no varejo restrito quanto no ampliado.