Guimarães: 'Eventual queda da Selic reforça uso de IPCA no crédito imobiliário'
Atualmente, as operações habitacionais têm juros corrigidos pela Taxa Referencial (TR) mais uma taxa prefixada. Para o lançamento de linhas corrigidas pelo IPCA, a Caixa ainda depende da autorização do Banco Central.
"A possível redução da Selic reforça nossa convicção de crédito imobiliário por IPCA. Antecipamos o corte de juros do banco porque acreditamos em uma retomada da economia, com redução da inflação e da Selic ao longo do tempo", completou.
Embora ainda dependa da autorização do Banco Central para lançar uma linha de crédito imobiliário referenciada pela inflação medida pelo IPCA, a Caixa Econômica Federal já começou a calibrar a taxa de juros prefixada que será cobrada nessas operações.
Segundo Guimarães, a equipe técnica também já está rodando simulações sobre o prazo ideal para essas operações com o IPCA. "Alguns dados indicam que financiamentos com IPCA pela tabela Price talvez fiquem melhores em operações com tempo menor", adiantou o executivo.
Guimarães também rebateu críticas de que o risco inflacionário brasileiro pode tornar as novas operações pouco atrativas para os tomadores. Ele lembrou que a Caixa pretende criar uma opção para os clientes, mantendo as opções atuais. "É preciso lembrar que a TR também já teve seus estouros, enquanto o IPCA só teve dois repiques desde a criação do Plano Real. É preciso muito esforço para que a inflação fique maior que 6% em um ano", afirmou. "Também podemos colocar uma banda de IPCA máximo e mínimo nesse contratos, estamos calibrando", encerrou.
Ações do Banco Pan
Guimarães disse que a venda da participação da instituição no Banco Pan será feita "com calma e em etapas". Há alguns meses, ele já havia dito que conversaria com os sócios do BTG para se desfazer completamente das ações no Pan.
"Vimos no mercado uma operação de sucesso do Banco Inter, que é um banco digital. O Banco Pan está nessa linha e podemos ficar com as ações mais um tempo, dada essa valorização", disse.
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