Agosto encerra ciclo extremamente difícil e setembro marca mudança, diz Sachsida
Sachsida também voltou a dizer que a baixa produtividade da economia brasileira é o principal fator a ser atacado para que o País voltar a ter crescimento de longo prazo da atividade. "De 2010 a 2017 a produtividade caiu. Essa é uma herança maldita que esse governo recebeu, decorrente de políticas erradas feitas entre 2006 e 2016", completou.
O secretário mais uma vez atacou a má alocação de recursos na economia na última década. "Essas políticas não ficaram no passado, continuam custando dinheiro todos os anos para o governo", acrescentou.
Ainda assim, Sachsida também destacou que o cenário fiscal é o problema urgente do País. "A reforma da Previdência é fundamental, mas precisamos andar com uma ampla agenda de reformas", repetiu.
Ele ainda citou a conjuntura internacional, com a tendência de desaceleração da economia global.
Estimativa do PIB
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia disse que a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é apenas um dos componentes considerados na decisão de liberar ou não recursos contingenciados do orçamento deste ano. "Não sei dizer agora se a nova projeção de PIB será suficiente para liberar parte do orçamento, mas essa informação será dada no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, na próxima semana", respondeu.
O Ministério da Economia atualizou nesta terça-feira a projeção para alta do PIB em 2019 de 0,81% para 0,85%.
Reforma da Previdência
O secretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia, Vladimir Teles, explicou que a projeção de alta do PIB não leva em consideração a aprovação da reforma da Previdência, mas contempla os efeitos na economia do avanço da proposta no Congresso.
"A estimativa leva em consideração os indicadores antecedentes de atividade. Se a reforma não tivesse já passado pela Câmara, esses indicadores estariam muito piores e o cenário de crescimento seria pior", avaliou Teles.
Situação fiscal
Adolfo Sachsida reforçou que o governo irá cumprir todas as metas fiscais e descartou mudanças nessas normas que regem o gasto público. "Mesmo em um momento fiscal difícil, o teto de gastos fica de pé, a regra de ouro fica de pé, e mantemos o ajuste", afirmou.
Sachsida explicou ainda que a sua avaliação de que a economia retomará o ritmo gradual de expansão a partir de setembro se deve à liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), à aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso, e à maturação de outras medidas já tomadas.
IVA
O secretário disse que a ideia do IVA dual federal/estadual de sua coautoria - quando era pesquisador no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) - é tornar a reforma tributária viável de ser aprovada pelo Congresso. "Mas se esse é o modelo será escolhido pelo governo, é uma decisão do ministro Paulo Guedes e do presidente da República. O que fazemos na SPE é defender um modelo e realizar os cálculos para subsidiar o governo", respondeu.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.