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Fipe reduz projeção para IPC de setembro, de 0,25% para 0,12%

Thaís Barcellos

São Paulo

18/09/2019 10h57

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) reduziu mais uma vez a projeção para setembro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, em função de um resultado mais favorável de preços de alimentos, diz o coordenador Guilherme Moreira. Desta vez, a revisão foi de 0,25% para 0,12%. Na segunda quadrissemana, o indicador passou de 0,29% para 0,13%. Em agosto, houve alta de 0,33%.

Enquanto a Fipe esperava queda de 0,06% para Alimentação, o grupo recuou 0,54%. Agora, a projeção para o mês é de deflação de 0,61%, de -0,16% anteriormente, uma vez que os alimentos devem seguir em queda, como mostram as pontas, diz Moreira.

Todas as cinco maiores influências de baixa no IPC da segunda quadrissemana são itens alimentícios. A primeira delas foi tomate (-17,66% para -22,34%), com impacto de -0,09 ponto porcentual. Mas também estão presentes na lista frutas da época (-3,54% para -7,85%), mamão (-3,47% para -11,68%), cenoura (-9,63% para -10,68%) e alface (-6,50% para -5,83%), o que, segundo Moreira, é reflexo do clima mais favorável, que permite a devolução de altas acumuladas neste ano.

O coordenador ainda destaca o comportamento de carnes bovinas (0,19% para -0,66%) e, de passagem aérea (-1,87% para -3,51%), que beneficiaram o alívio no indicador. Moreira ainda frisa que o cenário de inflação é muito tranquilo. "Está tudo muito controlado."

Uma das únicas exceções é energia elétrica (6,28% para 5,02%), que foi, com folga, a maior influência de alta no IPC da segunda quadrissemana, com impacto de 0,17 ponto porcentual, ainda que já comece a desacelerar. "Se não fosse a energia elétrica, o IPC teria deflação no mês."

O preço da conta de luz ainda reage ao acionamento da bandeira vermelha 1 em agosto e Moreira completa que deve ser essa dinâmica de bandeiras que deve guiar a dinâmica do índice até o fim do ano. "Se as chuvas vierem de acordo com a média, a bandeira no fim do ano deve ser verde. Se chover menos, pode ser que a vermelha 1 fique até o fim do ano", alerta.

Moreira ainda pondera que a gasolina é um risco, após o ataque à petroleira Saudi Aramco, na Arábia Saudita. "Mas acho que a gasolina não deve ter grande impacto."

Na segunda quadrissemana, a gasolina passou de -0,32% a -0,33%, enquanto o etanol de 1,92% a 2,03%. A relação entre os preços de etanol e gasolina na segunda semana do mês, por sua vez, caiu de 66,23% para 63,59%, bastante favorável ao biocombustível.