Indústria da construção dá sinais de recuperação, mas em ritmo lento, diz CNI
Segundo a CNI, apesar de os indicadores ainda estarem abaixo dos 50 pontos, o que indica que o setor ainda "encolhe", eles mostram melhora em todos os meses de 2019, acompanhado de otimismo dos empresários com o futuro próximo.
A pesquisa mostra que os indicadores de evolução do número de empregados e o do nível de atividade alcançaram o maior nível em seis anos. "Ainda que emprego e ritmo de atividade das empresas continuem recuando, isso ocorre no menor nível desde 2013 e, em 2019, observamos melhora nos indicadores em todos os meses do ano", analisa a economista da CNI Dea Fioravante, em nota divulgada pela entidade.
Já a ociosidade continua elevada segundo a pesquisa. Em agosto, a utilização da capacidade operacional (UCO) ficou em 58%, uma alta de um ponto porcentual frente a julho e dois pontos em relação ao registrado há 12 meses.
Investimento
A intenção de investimento do empresário da construção civil continua volátil, aponta a pesquisa. Em agosto, o indicador que mede a intenção de investir subiu para 37,2 pontos. O indicador varia de zero a 100 pontos e, quanto maior o valor, maior a disposição em investir. "A intenção de investimento registrou bom aumento, em agosto, mas o indicador tem oscilado muito este ano, mostra uma tendência crescente, mas não sustentável na propensão a investir do empresário", analisa Dea Fioravante.
Apesar disso, o levantamento mostra que há otimismo em relação ao futuro próximo. As expectativas do setor são positivas em relação ao nível de atividade e à compra de insumos e matérias-primas. Esses indicadores subiram para 54,8 pontos e 53,7 pontos, respectivamente, sinalizando expectativa de aumento de demanda nos próximos seis meses. Já os indicadores de novos empreendimentos e serviços tiveram leve recuo, de 0,6 ponto e de 0,2 ponto, respectivamente.
Confiança
O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção) de setembro mostra otimismo do setor com a conjuntura, principalmente com o presente. O índice teve alta de 1,3 ponto, na comparação com agosto, puxado pelo Índice de Condições Atuais, que teve aumento de 0,4 ponto.
Por outro lado, o índice de expectativas, que mostra o que o empresário espera para os próximos seis meses - teve queda pelo segundo mês consecutivo, de 0,3 ponto. O movimento, destaca a CNI, deve-se principalmente à piora nas expectativas em relação à economia.
A Sondagem Indústria da Construção foi feita entre os dias 2 e 12 de setembro e ouviu 523 empresas do setor.
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