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Passos da política monetária continuarão dependendo de riscos e projeções, diz BC

Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues

Brasília

24/09/2019 10h35

A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada nesta terça-feira, 24, detalha que - após cortar a Selic de 6,00% para 5,50% ao ano, o colegiado decidiu comunicar também a avaliação de que a consolidação do cenário benigno para a inflação à frente deverá permitir um ajuste adicional no grau de estímulo monetário. Ou seja, um novo corte na taxa básica de juros na próxima reunião.

"Tendo em vista sua preferência por explicitar condicionalidades sobre a evolução da política monetária, o que melhor transmite a racionalidade econômica que guia suas decisões, o Copom julgou ser fundamental reiterar que a comunicação dessa avaliação não restringe sua próxima decisão e enfatizar que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação", repetiu o documento.

A ata desta terça explica ainda que a taxa de juros estrutural é um ponto de referência para a condução da política monetária, mas considera que ela não é observável. Portanto, as estimativas dessa taxa são continuamente reavaliadas pelo BC.

O Copom detalha que, quando a política monetária produz uma taxa de juros real (ex-ante) aquém da taxa estrutural, ela provê estímulos para a atividade econômica e contribui para um aumento da inflação. Por isso, em cada reunião o colegiado avalia se a Selic estará em nível adequado, considerando os fatores que influenciam não só projeções de inflação, como também o balanço de riscos e a evolução da atividade econômica.

"Cabe destacar que a provisão de estímulo monetário requer ambiente com expectativas de inflação ancoradas", enfatizou o colegiado.

Reformas

O documento repete que a continuidade do processo de reformas na economia brasileira são essenciais para a queda da taxa de juros estrutural, para o funcionamento pleno da política monetária e para a recuperação sustentável da economia. "Em particular, o Comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva", reforça a ata.