Concorrente vê união de BB e UBS com ceticismo
O fato de a Caixa Econômica Federal também ventilar o desejo de ter um banco de investimentos, projeto deixado de lado na gestão atual, ajudou a incomodar a concorrência que temia um possível avanço estatal no segmento.
"Não é bem por aí. O BB não vai acompanhar os bancos privados", diz o responsável por um banco de investimentos, na condição de anonimato. "Se está se juntando com o UBS, a concorrência vai diminuir, não aumentar. Já competimos com BB e UBS."
Ele não é o único a pensar assim. "O racional por trás da iniciativa do BB eu consigo entender perfeitamente: o banco passa a ter acesso a um mercado mais rentável. Para o UBS, não sei qual a vantagem, já que o comando - e a prioridade do banco - muda a cada quatro anos e o lucro será dividido por dois. O UBS pode canibalizar seu próprio negócio", diz o principal executivo de outra instituição, a quem foi oferecida a parceira.
Vai e vem
No ano passado, o BB ofereceu o negócio a todos da Avenida Faria Lima, reduto do mercado financeiro em São Paulo, quando o banco, ainda na gestão de Paulo Caffarelli, começou a procurar por um sócio na área de banco de investimentos. Já na ocasião as conversas foram afuniladas com o UBS, mas não avançaram por conta das eleições presidenciais e a consequente troca de governo.
Sob o comando de Rubem Novaes, a nova gestão do BB retomou o processo de busca de um sócio de onde parou, ou seja, das negociações com o UBS. Agora, tem planos ambiciosos. O banco público aposta na união com o suíço para disputar a liderança do mercado de ações em três anos, diz uma fonte, na condição de anonimato. Se conseguir tal feito, poderá encostar nos pares Itaú Unibanco e Bradesco, que se digladiam pelas primeiras colocações ao lado de bancos de investimentos "puro sangue" como BTG Pactual e JPMorgan.
Analistas que acompanham o banco público, por outro lado, veem o negócio do BB com o UBS como um passo positivo. Até mesmo porque, com a migração de recursos da renda fixa para a bolsa em meio à queda dos juros, o chamariz para empresas captarem recursos via ofertas de ações aumenta, estendendo um horizonte favorável para os bancos de investimentos nos próximos anos. O ano de 2019, por exemplo, pode ser o melhor para este mercado desde 2007, quando houve um boom no setor com R$ 70 bilhões em ofertas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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