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Fim da taxa de embarque internacional pode ficar para 2021, diz secretário

Extinção da tarifa é considerada fundamental para atrair empresas aéreas low cost (baixo custo) para o País - Latam/Divulgação
Extinção da tarifa é considerada fundamental para atrair empresas aéreas low cost (baixo custo) para o País Imagem: Latam/Divulgação

Mariana Durão

Rio de Janeiro

25/11/2019 16h38

Resumo da notícia

  • Fim da taxa de embarque internacional, hoje em US$ 18, pode ficar para 2021
  • Extinção da tarifa é considerada fundamental para atrair empresas aéreas low cost (baixo custo)
  • Se a taxa for extinta, governo abriria mão de receitas anuais de cerca de R$ 700 milhões

A extinção da taxa de embarque internacional, hoje em US$ 18, segue no radar do governo, mas pode ficar para 2021 caso não seja encaixada dentro do orçamento de 2020.

O fim da tarifa é considerado fundamental para atrair empresas aéreas low cost (com tarifas de baixo custo), assim como a abertura do mercado de querosene de aviação, afirmou nesta segunda-feira, 25, o secretário executivo do Ministério de Infraestrutura, Marcelo Sampaio.

A expectativa da pasta era que a extinção da taxa pudesse ser encaminhada em janeiro de 2020, mas há divergências com a equipe econômica do governo, que considera a taxa como tributo, o que significa abrir mão de receitas anuais de cerca de pouco mais de R$ 700 milhões se ela deixar de existir.

"Não saindo em 2020, com certeza sai em 2021", garantiu Sampaio após participar do seminário Perspectivas e Desafios para Infraestrutura Brasileira, na FGV, no Rio.

A percepção do Ministério de Infraestrutura é que a taxa afugenta as companhias low cost, consideradas importantes para aumentar a concorrência no setor, em especial diante da crise que atingiu a Avianca e deixou o mercado ainda mais restrito. Atualmente três empresas estrangeiras de baixo custo operam no Brasil e, segundo Sampaio, há pelo menos mais cinco interessadas.

O secretário executivo afirmou que a abertura do mercado de querosene de aviação (QAV) e o fim do monopólio informal da Petrobras na comercialização do combustível é outra prioridade. O QAV responde por uma fatia que vai de 30% a 50% dos custos da aviação civil.

Uma das medidas em estudo é dividir o terminal de armazenagem de líquidos do Porto de Santos - hoje integralmente arrendado à Petrobras -, abrindo espaço para o arrendamento de parte dela a um novo player interessado em comercializar o combustível no Brasil. O objetivo é fazer um leilão de arrendamento dessa nova área em 2020.

A ideia é criar concorrência para a Petrobras. Segundo o secretário, os custos praticados pela estatal hoje são similares ao do produto importado. "Isso é prioridade para nós ano que vem. Vamos encarar o desafio de abrir o mercado de querosene de aviação no Brasil", disse.

Nessa direção haverá esforço conjunto entre ministério de Infraestrutura e ministério de Minas e Energia.