Renda, FGTS e concessões de crédito ajudam recuperação do varejo, diz IBGE
"A conjuntura econômica tem sido favorável. O mercado de trabalho vem se recuperando, ainda que com trabalho informal, mas nesse mês de outubro a renda tem um discreto crescimento. A inflação controlada cria um ambiente de consumo mais favorável, a redução de juros abre espaço para maior concessão de crédito. E, além disso, o mês de outubro teve dois dias de liberação do FGTS. Dado que as famílias estão com nível de endividamento baixo e controlado, é possível que tenham feito decisões de consumo", enumerou Isabella Nunes.
Seis entre as oito atividades do varejo registraram crescimento na passagem de setembro para outubro: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,3%), Combustíveis e lubrificantes (1,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%), Móveis e eletrodomésticos (0,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,3%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,2%).
Por outro lado, o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria recuou 1,1% e o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve ligeira queda de 0,1%. Segundo Isabella Nunes, foi o segmento de supermercados que impediu um desempenho melhor do varejo em outubro.
"Supermercados cresceram cinco meses consecutivos até setembro, acumulando uma alta de 4,0% (no período). E o setor acomoda as vendas, é natural depois de uma sequência positiva dessa", disse Isabella Nunes.
Já no comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas cresceu 0,8% em outubro ante setembro. O setor de Veículos, motos, partes e peças avançou 2,4%, enquanto Material de construção teve elevação de 2,1%.
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