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Não fosse a carne, maior impacto sobre IPCA de 2019 seria de plano de saúde

Movimentação no hospital Barão de Lucena, em Recife (PE) - Beto Macário/ UOL
Movimentação no hospital Barão de Lucena, em Recife (PE) Imagem: Beto Macário/ UOL

Daniela Amorim

Rio

10/01/2020 13h56

Não fosse a pressão do aumento no preço das carnes, o principal vilão da inflação oficial no País em 2019 teria sido o plano de saúde. As famílias gastaram 8,24% a mais em 2019 com plano de saúde, o equivalente a uma contribuição de 0,34 ponto porcentual sobre a inflação de 4,31% acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou, em 2019, um reajuste de até 7,35% nas mensalidades dos planos de saúde individuais, lembrou o IBGE. Como consequência, os gastos com Saúde e cuidados pessoais cresceram 5,41% em 2019, uma contribuição de 0,65 ponto porcentual no IPCA do ano passado.

As despesas com Transportes subiram 3,57% em 2019, com contribuição de 0,66 ponto porcentual, puxadas por aumentos no ônibus urbano (6,64%) e na gasolina (4,03%), ambos com impacto de 0,18 ponto porcentual cada um no IPCA.

Os custos com Habitação subiram 3,90%, uma contribuição de 0,62 ponto porcentual para a inflação do ano passado, sendo 0,19 ponto porcentual apenas da energia elétrica, que acumulou uma alta de 5,00%.

O grupo Alimentação e bebidas liderou a alta, com avanço de 6,37% e contribuição de 1,57 ponto porcentual no ano. Segundo André Almeida, analista do Sistema de Índices de Preços do IBGE, a safra recorde de grãos manteve os preços da alimentação no domicílio com deflação de maio a outubro de 2019.

"A oferta ao longo do ano fez com que alguns itens tivessem queda de preços", explicou Almeida. No entanto, houve pressões sobre alimentos vindas dos feijões no primeiro trimestre e das carnes no último bimestre do ano passado.

Nos demais grupos, destacaram-se em 2019 as elevações de preços das joias (11,66%) em Vestuário (0,74%); dos jogos de azar (40,36%) em Despesas pessoais (4,67%); dos cursos regulares (4,97%) em Educação (4,75%) e dos planos de telefone celular (1,89%) em Comunicação (1,07%).

O grupo Artigos de residência foi o único com deflação no ano, de -0,36%, decorrente de quedas nos preços dos itens TV, som e informática (-4,41%) e mobiliário (-1,21%).

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