PPPs de iluminação pública pode economizar R$ 39 bi
Os serviços de manutenção e expansão do parque de iluminação pública se tornaram uma oportunidade para as concessões de infraestrutura desde que entraram em vigor, em 2015, mudanças regulatórias feitas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ratificando as prefeituras como responsáveis pelo serviço, como previsto na Constituição Federal de 1988.
Historicamente, as distribuidoras de eletricidade eram responsáveis pela iluminação pública. Em 2002, uma emenda à Constituição de 1988 criou a CIP e a Cosip, taxas que as prefeituras podem cobrar dos contribuintes exclusivamente para custear o serviço. Geralmente, são cobradas na conta de luz de cada imóvel, residencial ou comercial, e repassadas pelas distribuidoras às prefeituras.
Inicialmente, as prefeituras contratavam as próprias distribuidoras, ou empresas de engenharia elétrica, para fazer a manutenção da rede e dos postes. A operação da rede e o pagamento da conta de luz da iluminação pública para as distribuidoras ficavam a cargo dos governos municipais.
Só que o desenho ratificado em 2015 facilita o repasse de toda a operação da iluminação pública para empresas privadas. Por um lado, a evolução e o barateamento da tecnologia LED permitem economizar na conta de luz da iluminação pública - em mais de um projeto, a promessa é reduzir o gasto à metade - desde que se faça investimentos em modernização. Por outro, a CIP e a Cosip garantem, no longo prazo, a receita para isso.
A Houer mapeou 2,8 mil municípios onde seria viável economicamente fazer PPPs para a operação da iluminação pública, em estudo obtido pelo jornal O Estado de São Paulo. O valor investido pode ser maior do que a estimativa máxima de R$ 11,7 bilhões, se os projetos incluírem expansão, ou seja, instalação de novos pontos de luz, e não apenas a modernização de postes já existentes.
A concessão do serviço em todas as cidades mapeadas permitiria reduzir o consumo anual de eletricidade em todo o País em 1,2%, o suficiente para dar conta de todo o consumo residencial do Paraná, gerando uma economia de R$ 1,9 bilhão ao ano - que, em 20 anos, chega aos R$ 38 bilhões.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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