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BC do Chile decide cortar juros em 50 pontos-base, a 0,50%

Gabriel Bueno da Costa

31/03/2020 18h31

O Banco Central do Chile decidiu por unanimidade nesta terça-feira, 31, reduzir sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 0,50%. A instituição diz em comunicado que a situação externa "tem piorado significativamente, após a rápida expansão global do covid-19", enquanto as medidas de controle sanitário adotadas por vários países provocam problemas importantes para a oferta e a demanda, "cujos efeitos já se observam".

O BC chileno diz que a incerteza sobre a magnitude do impacto econômico da pandemia levou a um "aumento substantivo na aversão ao risco nos mercados", o que se reflete em uma demanda elevada por ativos seguros e uma escalada na volatilidade e no risco, quedas generalizadas nas bolsas, saídas de capital das economias emergentes e uma desvalorização das outras moedas que não o dólar, além de uma "forte queda no preço das matérias-primas, incluindo o cobre". Com isso, autoridades monetárias e fiscais têm levado adiante planos de estímulo para contrabalançar o quadro.

A instituição diz que a propagação da pandemia no Chile leva a estimar que a economia começou um processo de "contração severa na segunda metade de março, que se estenderá durante o segundo trimestre", já com estimativas de recessão em todo o ano de 2020. O governo local anunciou um "importante pacote de estímulo", enquanto o BC adotou medidas para facilitar o crédito para pessoas físicas e jurídicas.

O BC diz em seu comunicado que o novo cenário reduz significativamente a pressão inflacionária no médio prazo, diante da fraqueza da atividade, e cita também a "queda significativa do preço do petróleo". Por isso, o conselho do BC avalia que a convergência da inflação para a meta de 3% requer que a política monetária siga na atual "posição altamente expansiva por um extenso período" e afirma que levou a taxa de juros agora ao "mínimo técnico".

Além de cortar os juros, o BC decidiu ampliar o programa vigente de compra de bônus bancários em US$ 4 bilhões e eliminar a restrição de prazo dos instrumentos elegíveis. "Com isso, o saldo de compra remanescente de tal programa passa a ser de até US$ 5,5 bilhões", afirma.

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