Atividade no Norte sobe 0,7% no trimestre até fevereiro, diz BC
De acordo com o BC, o resultado do Norte, porém, "indicadores antecedentes de frequência diária e menor defasagem de divulgação evidenciam magnitudes expressivas dos efeitos da pandemia de covid-19 sobre a atividade econômica na região a partir de março".
O BC informou que os dados mais tempestivos evidenciam retração no comércio do Norte. "As transações de bens e serviços efetuadas com cartão de débito registraram recuo nominal de 21,8% nas duas primeiras semanas de abril em relação ao mesmo período de março, segundo dados da Câmara Interbancária de Pagamentos - Sistema de Liquidação de Cartões (CIP/SLC), com destaque para a contração em vestuário e calçados (69,8%)", destacou o BC. "Por outro lado, as vendas de hipermercados, supermercados e afins expandiram 16,6%, com possível reflexo do comportamento de precaução por parte dos consumidores."
O documento do BC registrou ainda que, em março, "houve recuo de 27,6% no emplacamento de veículos leves e de 7,9% de caminhões e ônibus, já repercutindo restrições impostas pela atual pandemia".
O BC registrou ainda que a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE vinha registrando manutenção do ritmo de crescimento da atividade no setor até o trimestre encerrado em fevereiro, quando houve alta de 1,1% ante os três meses anteriores, considerando os dados dessazonalizados.
"Entretanto, dados mais recentes das vendas com cartão de débito (CIPL/SLC), nas duas primeiras semanas de abril em relação ao mesmo período de março, mostram forte redução em vários segmentos de serviços, ressaltando-se hotéis, restaurantes e similares (-66,9%) e cabeleireiros e outros serviços pessoais (-58,1%)", registrou o BC.
Para a autarquia, o impacto da pandemia no Norte terá ênfase em serviços e bens não essenciais. Para os próximos meses, segundo o BC, impacto econômico da pandemia no Norte deverá ser "relevante".
O BC divulgou nesta quinta o Boletim Regional. No documento, a análise da atividade nas regiões leva em conta os dados até fevereiro deste ano. No entanto, em função da pandemia do novo coronavírus, o BC já incorporou no documento uma série de dados e avaliações em relação aos meses de março e abril. Foi a partir de março que se intensificaram os efeitos da covid-19 sobre a economia de todas as regiões do País.
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