Mão de obra chega para 'virada' online do varejo
A Guararapes, dona da Riachuelo, montou em 15 dias um novo aplicativo de venda online. A solução permite a venda por celular, WhatsApp e por meio de uma rede de clientes criada por funcionários. Segundo o diretor executivo de tecnologia e inovação da empresa, Carlos Eduardo Alves, isso só foi possível porque, mesmo nesse período de isolamento social, a companhia continua com o pé no acelerador quando o assunto é RH.
No ano passado, a Guararapes adicionou 438 trabalhadores para à equipe. E, ao longo de 2020, planeja mais 140 contratações. "As pessoas estão em busca da segurança de empresas mais estabelecidas. Só não está mais fácil ainda de contratar porque várias grandes companhias estão indo a mercado para tirar projetos online do papel", diz o executivo. Ou seja: a Guararapes agora disputa essa mão de obra com seus pares.
A gigante de eletroeletrônico, por exemplo, Via Varejo contratou 200 profissionais em plena quarentena. A companhia acelerou o processo de transformação digital iniciado no fim do ano passado. "Com a pandemia, decidimos acelerar os planos", diz Rosi Purceti Balabram, diretora de pessoas e performance. A gigante tem ido atrás de profissionais que trabalhavam em startups.
A dona da Casas Bahia e Ponto Frio trabalha atualmente em nada menos de 400 estratégias para se tornar mais digital. "Estamos na contramão da crise. Queremos sair dela mais fortalecidos. Por isso, aceleramos nossos planos", diz Rosi. A Via Varejo tenta recuperar o terreno perdido para o Magazine Luiza, sua concorrente direta e referência em atuação digital no varejo brasileiro.
O Grupo Boticário tem mais de 3 mil lojas, mas também está focado no desenvolvimento de soluções online. A expansão da área de inovação consumirá R$ 300 milhões e resultará em 200 contratações. Entre os projetos atuais está a construção de um novo app para as revendedoras porta a porta. Hoje, 37% das receitas da companhia já têm origem do segmento digital.
Captação de talentos
Durante a pandemia, as varejistas têm feito ofensivas para captar pessoas que trabalhavam em negócios digitais. Foi o que ocorreu com Tatiane Fukuda, de 39 anos. Ela trocou a startup especializada em logística Loggi pela Via Varejo em plena quarentena.
Com experiência em desenvolvimento de softwares, Tatiane recebeu uma proposta para ser chefe da área de qualidade de software das lojas físicas e do e-commerce da Via Varejo.
A executiva começou a trabalhar na semana passada. "Foi muito rápido. "Não vejo a Via Varejo como uma empresa tradicional. Ela busca acelerar sua transformação para avançar sobre o concorrente", ressalta.
A Via Varejo, aliás, virou negócio de família para Tatiane. Seu marido deixou uma startup de educação pela varejista. Em tempos de coronavírus, os dois trabalham juntos - e de casa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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