CSN tem lucro líquido de R$ 445,9 milhões no 2º trimestre, queda de 76,4%
Com um trimestre refletindo os efeitos da pandemia do coronavírus, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reportou um lucro líquido de R$ 445,9 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 76,4% ante o observado no mesmo intervalo do ano passado. O resultado, contudo, ameniza o prejuízo de R$ 1,312 bilhão visto nos três primeiros meses do ano.
Apesar do resultado no segundo trimestre e os efeitos na operação, a CSN informou em suas notas explicativas que não espera impactos significativos em seu negócio.
"A partir da última semana de março, as atividades econômicas no Brasil foram reduzidas drasticamente, tendo sido impostas restrições e medidas de distanciamento social com a finalidade de reduzir a circulação do vírus. Algumas dessas restrições vêm sendo gradativamente flexibilizadas pelas autoridades e a Companhia não espera impactos significativos em seus negócios", destaca no documento.
No segundo trimestre, a CSN viu sua venda de aço cair 14% na relação anual, para 1,003 milhão de toneladas. Em relação aos três meses anteriores, o recuo foi de 12%. Ao contrário do primeiro trimestre, o período de abril a junho foi integralmente afetado pela pandemia do covid-19, que colocou o País em distanciamento social.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,925 bilhão de abril a junho, recuo de 19% no comparativo anual e aumento de 45% em relação ao visto de janeiro a março.
A receita líquida, por sua vez, chegou em R$ 6,221 bilhões no período analisado, retração de 10% em relação ao mesmo período do ano passado e aumento de 17% ante o trimestre imediatamente anterior. A rentabilidade medida pela margem Ebitda foi de 29,7%, ante 33,5% no segundo trimestre de 2019 e de 24,1% nos três primeiros meses de 2020.
Projeções
A CSN atualizou suas projeções de nível de alavancagem, medida na relação dívida líquida/Ebitda ajustado. Para o final deste ano, a siderúrgica espera atingir 3,75 vezes, e para o fim de 2021, o patamar esperado pela empresa é de 3 vezes. Além disso, a companhia projeta atingir R$ 23 bilhões de dívida líquida ao final do próximo ano.
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