Alpargatas: mercados, farmácias e inovação dão resiliência às vendas da Havaianas
Em junho, a Alpargatas registrou o melhor resultado e margem para o mês desde 2014 para a Havaianas Brasil. O crescimento de vendas de 8% em relação ao mesmo período de 2019 foi impulsionado principalmente pela alta reposição de produtos em supermercados, lojas de conveniência e farmácias. A marca ainda captou tendências de consumo e lançou meias para usar com chinelos, apostando no conforto ao ficar em casa. A Havaianas teve crescimento da receita líquida de 5% em maio e 25% em junho.
"A relação das pessoas com as marcas se fortaleceu no período. No e-commerce, com as inovações que lançamos, os clientes consomem produtos além das sandálias ou chinelos", diz o presidente da Alpargatas, Roberto Funari. No comércio eletrônico, o crescimento da receita foi de 272% no segundo trimestre, ante o mesmo período de 2019. A empresa avalia que ele foi impulsionado por lançamentos como a linha sparkle, meias e a linha Pride, voltada à celebração do público LGBT+.
A empresa chegou a reduzir sua produção entre março e abril, para adaptar as fábricas aos novos padrões de segurança. "Fizemos reduções e suspensões de contrato, mas nunca paramos, nem demitimos. Hoje estamos contratando", diz Funari. Ele conta que, como os insumos de produção da Alpargatas tem base nacional, a empresa não sofreu com a falta de insumos da China. Logo, o maior desafio em termos de produção foi adaptar o chão de fábrica para evitar contaminações entre os funcionários. "Temos visto nas nossas fábricas índices da doença parecidos com os dos respectivos estados em que se encontram", afirma o presidente.
Internacional
A Havaianas Internacional registrou crescimento da receita líquida de 12% no trimestre, atingindo 46% da receita líquida total da Alpargatas. No mesmo período de 2019, a participação era de 33%. Em maio e junho, o crescimento da Receita Líquida de Havaianas Internacional foi de 61% e 57%, respectivamente.
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