Receita do Uber cai 29%, mas entregas de comida disparam na pandemia
O Uber anunciou nesta quinta-feira, 6 que registrou uma queda de 29% na sua receita, para US$ 2,2 bilhões, em comparação com o ano passado — os números fazem parte dos resultados financeiros para a empresa no intervalo entre abril e junho de 2020, auge da pandemia do novo coronavírus em vários de seus principais mercados. Trata-se da maior queda de receita desde que o Uber abriu capital em maio do ano passado, mas a diminuição já era esperada por analistas. Após o fechamento do pregão, as ações do Uber caíram cerca de 5%.
No trimestre, a empresa registrou um prejuízo de US$ 1,8 bilhão, uma melhoria em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Uber perdeu mais de US$ 5 bilhões.
A pandemia ainda está pesando no negócio de viagens: a quantia que a empresa recebe dos passeios caiu 73% no trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de usuários ativos da plataforma quase caiu pela metade em relação ao ano anterior, passando de 99 milhões para 55 milhões.
Por outro lado, na quarentena houve um aumento na demanda por entrega de comida, que fez com que a receita do aplicativo de delivery UberEats dobrasse no período, atingindo US$ 1,2 bilhão. O Uber também está ampliando sua atuação no setor: no mês passado, a empresa comprou o serviço delivery de comida Postmates por US$ 2,65 bilhões.
"Nossa equipe continua a se mover na velocidade do Uber para responder ao impacto da pandemia em nossas comunidades e em nossos negócios, levando nossa indústria adiante com novos produtos e tecnologias de segurança e aproveitando os fortes ventos fortes que impulsionam um crescimento excepcional em delivery", disse Dara Khosrowshahi, presidente executivo do Uber, em comunicado a investidores nesta quinta.
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