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Bradesco, Itaú Unibanco e Santander criam o conselho consultivo da Amazônia

Conselho foi criado com objetivo de propor iniciativas e ações concretas para a Amazônia - GETTY IMAGES
Conselho foi criado com objetivo de propor iniciativas e ações concretas para a Amazônia Imagem: GETTY IMAGES

Fernanda Guimarães

São Paulo

26/08/2020 10h05

Dando prosseguimento ao plano de desenvolvimento sustentável da Amazônia, os três grandes bancos privados do país, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander acabam de anunciar o conselho consultivo da Amazônia e já selecionaram seus sete integrantes.

Segundo comunicado, especialistas em sustentabilidade das três instituições financeiras já formaram um grupo de trabalho, que tem se reunido regularmente com o objetivo de propor iniciativas e ações concretas para a região.

O grupo de especialistas do Conselho Consultivo Amazônia se reunirá a cada três meses com o objetivo de trazer reflexões sobre as dinâmicas da região e desafiar os bancos quanto à efetividade do impacto das ações propostas.

Fazem parte do conselho Adalberto Luís Val, biólogo e pesquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia); Adalberto Veríssimo, pesquisador associado e cofundador do Imazon, um dos principais centros de pesquisa e ação estratégica da Amazônia, e diretor de programas do Centro de Empreendedorismo da Amazônia; André Guimarães, diretor executivo do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), cofacilitador da Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura; Carlos Afonso Nobre, cientista destacado principalmente na área dos estudos sobre Mudanças Climáticas e Amazônia e atual responsável pelo projeto Amazônia 4.0; Denis Minev, diretor-presidente das Lojas Bemol, cofundador da Fundação Amazonas Sustentável, do Museu da Amazônia e da Plataforma Parceiros pela Amazônia; a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, bióloga e doutora em Planejamento Ambiental pela Coppe/UFRJ e, por fim, Teresa Vendramini, pecuarista e socióloga, que é presidente da Sociedade Rural Brasileira.

"O conceito foi escolher um grupo de pessoas de alta qualificação e notório saber que são comprometidas com a ciência, com a defesa do meio ambiente e com a vida. Estamos bastante seguros que as diferentes visões e formações dos membros do Conselho darão substância e massa crítica ao trabalho de propor e orientar medidas que envolvem o futuro da Amazônia. São desafios não só ambientais, mas também sociais e econômicos", afirmou, em nota, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior.

O presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher, disse que os bancos estão satisfeitos por conseguirem reunir um grupo "altamente qualificado e que conhece profundamente os desafios do Brasil na área ambiental".

"A colaboração dos conselheiros consultivos será fundamental para que nossa atuação na região seja efetiva e gere os impactos positivos que buscamos", afirmou.

Já o presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, disse que os conselheiros darão o "respaldo necessário às nossas propostas para o desenvolvimento sustentável da região Amazônica".

"Esses líderes excepcionais utilizarão sua vasta experiência acumulada em áreas de conhecimento complementares para nos ajudar a subir a régua, propondo ações e metas desafiadoras, que provem ser possível gerar riqueza para o País e beneficiar a população local sem sacrificar nossa biodiversidade e recursos naturais", completou.

Os três bancos privados anunciaram o plano de desenvolvimento sustentável da Amazônia há um mês, em meio à cobrança global para que o Brasil aumente seu comprometimento em relação aos temas ligados à mudança climática.

O Plano Amazônia inclui dez medidas que foram construídas a partir de três frentes de atuação identificadas como prioritárias para a região: conservação ambiental e desenvolvimento da bioeconomia; investimento em infraestrutura sustentável; e garantia dos direitos básicos da população da região amazônica.