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Grandes bancos formam conselho para debater a Amazônia

Governo sobre pressão do mercado para reduzir desmatamento - Gabriela Biló/Estadão
Governo sobre pressão do mercado para reduzir desmatamento Imagem: Gabriela Biló/Estadão

Fernanda Guimarães

27/08/2020 12h01

Como parte de um plano conjunto para promover ações de desenvolvimento sustentável na Amazônia, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander anunciaram ontem a constituição de um conselho consultivo para a região, que será formado por sete integrantes. A ideia é que esses especialistas se reúnam a cada três meses para analisar projetos já em andamento e propor novos planos para a Amazônia.

Fazem parte do conselho Adalberto Luís Val, biólogo e pesquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia); Adalberto Veríssimo, pesquisador associado e cofundador do Imazon, um dos principais centros de pesquisa e ação estratégica da Amazônia, e diretor de programas do Centro de Empreendedorismo da Amazônia; André Guimarães, diretor executivo do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia); Carlos Afonso Nobre, cientista com estudos na área de mudanças climáticas e Amazônia e atual responsável pelo projeto Amazônia 4.0; Denis Minev, diretor-presidente das Lojas Bemol, cofundador da Fundação Amazonas Sustentável, do Museu da Amazônia e da Plataforma Parceiros pela Amazônia; a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que é bióloga; e Teresa Vendramini, pecuarista e socióloga, atual presidente da Sociedade Rural Brasileira.

"O conceito foi escolher um grupo de pessoas de alta qualificação e notório saber que é comprometido com a ciência, com a defesa do meio ambiente e com a vida. Estamos bastante seguros de que as diferentes visões e formações dos membros do conselho darão substância e massa crítica ao trabalho de propor e orientar medidas que envolvem o futuro da Amazônia. São desafios não só ambientais, mas também sociais e econômicos", afirmou, em nota, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior.

O presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher, disse que os bancos estão satisfeitos por conseguirem reunir um grupo "altamente qualificado e que conhece profundamente os desafios do Brasil na área ambiental". "A colaboração dos conselheiros consultivos será fundamental para que nossa atuação na região seja efetiva e gere os impactos positivos que buscamos."

Já o presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, disse que os conselheiros darão o "respaldo necessário às nossas propostas para o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica". "Esses líderes excepcionais utilizarão sua vasta experiência acumulada em áreas de conhecimento complementares para nos ajudar a subir a régua, propondo ações e metas desafiadoras, que provem ser possível gerar riqueza para o País e beneficiar a população local sem sacrificar nossa biodiversidade e recursos naturais", completou.

Os três bancos privados anunciaram o plano de desenvolvimento sustentável da Amazônia há um mês, em meio à cobrança global para que o Brasil aumente seu comprometimento em relação aos temas ligados à mudança climática.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.