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Vale tem dez barragens em nível de emergência; 4 em situação de ruptura

Área de mineração pertencente à Vale em Paraupebas (PA) - Por Luciano Costa
Área de mineração pertencente à Vale em Paraupebas (PA) Imagem: Por Luciano Costa

Mariana Durão

Rio

01/10/2020 11h54

A Vale atualizou hoje informações sobre a condição de estabilidade de suas barragens. De 104 estruturas avaliadas, 33 não tiveram emissão de DCE (Declarações de Condição de Estabilidade) positiva, sendo 32 barragens de operações de minerais ferrosos e uma de metais básicos. A companhia tem dez barragens classificadas em nível 2 ou 3 de emergência, os mais graves, sendo quatro no mais alto (B3/B4, Forquilha I, Forquilha III e Sul Superior).

De acordo com a mineradora, todas as barragens de rejeitos em nível 2 ou 3 de emergência estão contempladas no seu plano de descaracterização de barragens. O nível 2 é atingido quando o resultado das ações adotadas para corrigir uma anomalia é classificada como "não controlada" ou "não extinta", necessitando de novas inspeções especiais e intervenções. Já o nível 3 trata de uma barragem em situação de ruptura iminente ou em curso.

O documento informa que foram emitidas ainda 71 DCEs positivas, das quais 61 foram emitidas para estruturas geotécnicas das operações de ferrosos e 10 para estruturas de metais básicos. Um total de 35 estruturas tiveram seu nível de emergência mantido ou alterado.

A Vale tem nove barragens de rejeitos e sedimentos em níveis 2 ou 3 de emergência e com suas respectivas Zonas de Autossalvamento (ZAS) evacuadas. Além delas, a barragem Xingu teve seu nível de emergência elevado de 1 para 2 em 29 de setembro. Originalmente classificada como empilhamento drenado, a estrutura foi reclassificada como barragem de rejeitos com método de alteamento a montante.

A Vale afirma que tem adotado diversas medidas para a melhoria das condições de segurança de suas estruturas. Para estruturas em níveis 2 ou 3 de emergência, a mineradora diz que vem mantendo os reservatórios rebaixados e minimizando o aporte de água, com a implantação de canais de cintura.

No caso das estruturas em nível 1 e em nível 2 de emergência, além do monitoramento contínuo e do aprimoramento das informações sobre as condições das estruturas, a Vale tem projetos e obras em andamento para elevar a condição de segurança ou para descaracterizar as estruturas.