Amigos de infância abrem hamburgueria, ampliam o negócio e faturam R$ 12 mi

Pedro Antonelli, 32, trabalhava na cafeteria da mãe, quando decidiu ter seu próprio negócio. Ele alugou um ponto ao lado da cafeteria e abriu a Salt Burger n' Bar, em 2018, na zona norte de São Paulo, para aproveitar a onda de hamburguerias na época. Convidou Rafael Rizzo, 32, seu amigo de infância, para ser seu sócio. Hoje, além da hamburgueria, o Grupo Salt tem pizzaria, padaria, beach club e clube de assinaturas. Em 2023, o Grupo faturou R$ 12 milhões.

Como ele começou o negócio

Antonelli trabalhou por dois anos no Jacques Café, na Serra da Cantareira, em São Paulo. O negócio é de propriedade de sua mãe, Jacqueline, que mantém o negócio até hoje. Ele era uma espécie de gerente no local.

Em 2018, no auge da onda de hamburguerias artesanais no país, ele decidiu montar o seu negócio. Convidou Rafael Rizzo, seu amigo de infância desde a quinta série, para ser seu sócio. Eles montaram a Salt Burger em um local ao lado da cafeteria. O investimento foi de R$ 200 mil. Na época, Rizzo trabalhava na logística de uma grande livraria, mas não estava satisfeito.

Em 2021, o Salt Burger se mudou da Serra da Cantareira para Santana, também na zona norte de São Paulo. " A decisão foi motivada pelo movimento limitado aos finais de semana na Cantareira e pela maior movimentação em Santana", afirma Antonelli.

Salt tem 17 opções de lanche no cardápio

Alguns lanches do cardápio do Salt Burger n’ Bar
Alguns lanches do cardápio do Salt Burger n’ Bar Imagem: Divulgação

O hambúrguer mais vendido é o Salt Burger. É feito com pão de brioche, blend artesanal, queijo gouda, cebola assada, bacon caramelizado e maionese de mostarda fermentada em cerveja IPA. Acompanha batatas fritas artesanais. Custa R$ 49,90.

O mais novo hambúrguer do cardápio é o Provola. Tem pão de brioche do blend da casa, catupiry e provolone defumado, finalizado com tomate ralado e alho frito (R$ 44,90).

Grupo Salt tem 5 negócios

A expansão do negócio começou em 2019, quando abriram uma pizzaria. Atualmente. o Grupo Salt tem cinco negócios: Salt Burger, Salt ZN Pizza Bar, Salt Bakery (padaria e confeitaria), Salt Beach Club (são duas unidades com uma grande estrutura de eventos e quadras de esportes de areia) e Club Salt (um clube de assinaturas com benefícios de diversos estabelecimentos da zona norte de São Paulo). Todas as unidades são próprias.

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"O Club Salt é um aplicativo de benefício que, além de proporcionar vantagens exclusivas para os moradores e frequentadores da região, também busca valorizar e fortalecer o comércio local", diz Antonelli. A mensalidade é de R$ 24,90. Entre os parceiros, estão cerca de 20 marcas, como academias, escola de idiomas, lojas e clínicas.

Em 2023, o Grupo Salt faturou R$ 12 milhões. Somente o Salt Burger teve faturamento de R$ 3,5 milhões. O lucro foi de 15%.

Vale focar na experiência do cliente

Visão empreendedora estratégica. "Antonelli tem uma visão empreendedora estratégica de mercado muito forte, tem sido capaz de transformar o seu negócio em outros negócios sólidos. Ele aproveitou o público da cafeteria para a sua hamburgueria. Agarrou a oportunidade. É um líder nato", diz Luiz Mauro Fernandes, consultor de negócios do Sebrae-SP.

'Booms' do mercado. Para o consultor, Antonelli soube aproveitar os 'booms' do mercado: hamburgueria artesanal, pizzaria e beach club. "Cada vez mais, as empresas têm buscado diversificar o negócio, e ele aproveitou as tendências do momento", afirma.

A diversificação traz desafios. Fernandes diz, no entanto, que quem tem múltiplos negócios —e com suas características próprias— enfrenta o desafio de uma gestão eficiente em cada um deles. "É crucial que cada uma das empresas receba a atenção necessária, para manter a qualidade tanto do produto e do serviço quanto da experiência do cliente. Essa qualidade pode ir se diluindo com o tempo, e isso mexe com a reputação da marca", declara.

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Vale inovar para fidelizar o cliente. O consultor diz que, no mercado de alimentação, a preferência do consumidor muda a todo momento. "Vale continuar inovando tanto no cardápio quanto na experiência do cliente. As empresas devem se adaptar ao novo consumidor, que está mais interessado na experiência que o produto pode trazer para ele, do que no produto em si. Hambúrguer é hambúrguer em qualquer lugar. O que o consumidor quer é a experiência em ir comer um hambúrguer naquele determinado lugar", afirma.

O processo de compra está ancorado em dois pilares: a expectativa e a experiência em si. Por isso, vale focar na relação que o cliente vai ter com aquela marca.
Luiz Mauro Fernandes, consultor de negócios do Sebrae-SP

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