Apenas 10 atividades industriais superaram o patamar pré-pandemia, afirma IBGE
Os níveis mais elevados em relação ao patamar de fevereiro foram os registrados pelas atividades de equipamentos de informática (11,5%), extrativas (9,5%), móveis (8%) e bebidas (6%). Na direção oposta, os segmentos de vestuário (-31%), impressão e reprodução de gravações (-29%) e veículos (-22,4%) têm os níveis mais baixos ante fevereiro.
A indústria como um todo está 2,6% abaixo do patamar pré-pandemia. Em quatro meses, a produção cresceu 33,4%.
Segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, houve melhoras, mas ainda há um longo caminho a percorrer para voltar ao melhor momento da série histórica. Atualmente, a produção ainda opera 18,4% abaixo do ápice alcançado em maio de 2011.
Na categoria de bens de capital, a produção chegou a agosto 43,8% abaixo do pico de produção registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo duráveis operam 28,7% abaixo do ápice de junho de 2013. Os bens intermediários estão 14,4% aquém do auge de fevereiro de 2011, e os bens semiduráveis e não duráveis operam em nível 14,7% inferior ao pico de junho de 2013.
Altas não eliminam perdas
A alta de 3,2% na produção industrial em agosto ante julho fez o setor acumular 33,4% de crescimento em quatro meses, mas o resultado ainda foi insuficiente para recuperar a perda registrada em março e abril, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo IBGE. A indústria opera 2,6% abaixo do patamar de fevereiro, pré-pandemia.
"A indústria não crescia por quatro meses seguidos desde os últimos meses de 2017", observou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. "Mesmo com esse ganho acumulado de 33,4%, o setor industrial ainda não recupera o patamar de fevereiro último, que a gente chama de pré-pandemia", ressaltou.
A desaceleração no ritmo de alta da produção industrial é natural, uma vez que o crescimento se dá sobre uma base de comparação menos depreciada, avaliou André Macedo. A indústria cresceu 3,2% em agosto ante julho, após um avanço de 8,3% no mês anterior, segundo os dados do IBGE. "Não seria natural a produção industrial crescendo 8% ao mês. Claro que aquele crescimento estava relacionado à base de comparação depreciada", disse Macedo. "Após as perdas de março e abril, o setor industrial vem de alguma forma recuperando o patamar perdido", apontou.
"Eu chamaria atenção para a manutenção no campo positivo, porque a gente deixa para trás aquela base mais depreciada. É até natural que o crescimento a partir desse momento se dê de forma menos elevada que nos meses anteriores", concluiu Macedo.
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