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Caiado: reforma administrativa tem de ir junto ou à frente da tributária

8.out.2019 - Divulgação/Twitter Ronaldo Caiado
Imagem: 8.out.2019 - Divulgação/Twitter Ronaldo Caiado

Nicholas Shores

Em São Paulo

03/10/2020 12h32

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou há pouco que, na sua visão, a reforma administrativa tem de caminhar no Congresso Nacional no mesmo ritmo ou "um passo à frente" da reforma tributária.

Em participação no debate "Políticas Públicas para o Agro", organizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o mandatário defendeu que chefes de Executivo assumam uma "parceria junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal (MPF) para convocá-los a uma discussão sobre o "fundamento do Estado".

"O Estado foi criado para sustentar os seus servidores ou foi criado para melhorar a vida da população?", questionou o governador goiano. "Em segundo lugar, devemos discutir o que é o custo da máquina do Estado e o que o cidadão recebe em contrapartida. O Estado hoje não pode ser sequestrado pelas corporações", sustentou.

Em seu pedido por prioridade à reforma administrativa, Caiado disse também que, nas suas palavras, a reforma tributária "indiscutivelmente" buscaria aumento da carga tributária, "por mais que seja maquiada". As declarações foram dadas em discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, uma das proposições que visa simplificar o sistema tributário do País.

Caiado criticou ainda o que chamou de "política populista" de autoridades e associações de classe que lutam contra a reforma do RH do Estado, com a instituição de regras mais duras para progressões, aumentos salariais e penduricalhos na carreira de servidores públicos. "Para combater isso precisamos ter a participação do STF, para o Congresso Nacional legislar de forma a acolher aqueles que têm coragem", reforçou.

"Vai fazer a reforma tributária, mas como vai fechar conta? Que reforma tributária é essa se não cortarmos estruturas de Estado que estão cortando a capacidade produtiva do cidadão?", acrescentou.