Não há mais 'saco de maldades' contra produtores, diz Bolsonaro
Discursando para empresários e produtores rurais, o presidente voltou a abordar a maior flexibilidade da legislação ambiental em seu governo e disse que o Ministério do Meio Ambiente não atrapalha o agronegócio. "Quando falam que sou benquisto pelo pessoal do campo, pelo pessoal do agronegócio, o nosso Ministério do Meio Ambiente não atrapalha a vida de vocês, muito pelo contrário, ajuda em muito. Lembrem como há algum tempo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes da Biodiversidade) tratavam vocês. Nós não criamos dificuldades. Não criamos dificuldade para vender facilidade."
Segundo o presidente, o agronegócio brasileiro se expande sem devastar reservas. "Nosso governo deu oportunidade para que o índio possa explorar seu território da melhor maneira", disse.
Minutos antes, o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) havia dito que a cadeia sucroenergética brasileira é "exemplo de sustentabilidade para o mundo" e que os canaviais "ajudaram a recuperar a fauna" ao recompor as áreas de preservação permanente nas fazendas de cana-de-açúcar.
Bolsonaro criticou países europeus e citou "o presidente de um grande país da Europa que quase sempre está na vanguarda para nos criticar", numa referência a Emmanuel Macron, presidente da França, crítico da política ambiental do governo brasileiro. "Acabou o tempo que o chefe de Estado ia para fora e voltava para cá com um pacote de maldades e quem pagava a conta geralmente era o homem do campo."
Apesar da fala de Bolsonaro, em setembro o governo brasileiro prorrogou a cota de importação de 187,5 milhões de litros de etanol norte-americano sem imposto por mais 90 dias. A medida provocou críticas do setor produtivo do biocombustível, cujas principais lideranças estavam no evento de ontem, e foi comemorada pelo governo de Donald Trump.
XV de Piracicaba
O presidente afirmou ainda que o Brasil está saindo vitorioso da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de 5 milhões de brasileiros e matou mais de 152 mil pessoas no País. "A nossa economia tem reagido muito bem, cada vez mais acredito na palavra, no trabalho do Paulo Guedes (ministro da Economia) e sua equipe, de modo que estamos saindo, sim, em 'V', de vitória, dessa crise. Se Deus quiser, em pouco tempo voltaremos à normalidade."
Bolsonaro chegou à usina de Bonfim, da Raízen, na companhia dos ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, da Casa Civil, Braga Neto, e Ricardo Salles.
Ele e os ministros vestiam a camisa do XV de Novembro de Piracicaba, time de futebol patrocinado pela Raízen.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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