Montezano: Capital 'natural' do meio ambiente é grande, mas está 'imobilizado'
"O que temos hoje é um capital imobilizado grande, muito valioso, que nem sabemos quanto vale", afirmou Montezano, ao mediar o debate de abertura da Semana BNDES Verde, que terá seminários transmitidos pela internet todos os dias até a próxima sexta-feira, 23. "Por outro lado", continuou o presidente do banco, a "liquidez e o fluxo de caixa" desse ativo natural ainda são "residuais" diante de seu tamanho. "Por isso, as pessoas ainda precisam perceber um fluxo de caixa para entender o valor desse ativo", completou.
No debate mediado por Montezano, Clarissa Lins, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), entidade que representa o setor privado de óleo e gás, defendeu a "descarbonização" de todas as atividades econômicas. Para isso, segundo ela, é preciso que o Brasil avance nos instrumentos para "precificar" tanto os ativos naturais e ambientais, mencionados por Montezano, quanto as "externalidades negativas" das emissões de gases dos efeitos estufa.
"O primeiro passo que eu daria é participar de todas as iniciativas globais a brasileiras que avaliam as melhores formas de dar preço aos ativos ambientais", afirmou Clarissa, defendendo especificamente a construção de mercado de carbono, regulados ou voluntários.
Para o economista Rogério Studart, fellow do Instituto de Recursos Mundiais (WRI, na sigla em inglês), a sociedade brasileira já entende que a preservação ambiental é importante, mas ainda falta entendimento de que a preservação de ativos naturais "é um negócio que pode alavancar o crescimento" da economia brasileira.
"O Brasil se posiciona bem para ser beneficiado na retomada verde", afirmou Studart, numa referência à saída da recessão global provocada pela pandemia de covid-19.
Contato: vinicius.neder@estadao.com
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