BC: últimas leituras de inflação foram acima do esperado
"Contribuem para essa revisão a continuidade da alta nos preços dos alimentos e de bens industriais, consequência da depreciação persistente do real, da elevação de preço das commodities e dos programas de transferência de renda. Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que esse choque é temporário, mas monitora sua evolução com atenção", detalhou o Copom no documento, que repetiu que as diversas medidas de inflação subjacente seguem em níveis compatíveis com as metas no horizonte relevante.
Mais uma vez o BC destacou que os indicadores recentes sugerem uma recuperação da atividade desigual entre setores, similar à que ocorre em outras economias. A autoridade monetária reconheceu ainda que, apesar da recomposição da renda gerada pelos programas de governo, setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permanecem deprimidos.
"Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais", repetiu o colegiado.
Sobre o cenário externo, o Copom não usou a expressão de uma "segunda onda" de contágio, mas ressaltou uma "ressurgência da pandemia" em algumas das principais economias do planeta. Com isso, a forte retomada em alguns setores produtivos nesses países parece sofrer alguma desaceleração.
"Há bastante incerteza sobre a evolução desse cenário, frente a uma possível redução dos estímulos governamentais e à própria evolução da covid-19. Contudo, a moderação na volatilidade dos ativos financeiros segue resultando em um ambiente relativamente favorável para economias emergentes", concluiu o BC.
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