IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Mourão diz que Brasil tem nos Estados Unidos um rival em relação ao agronegócio

Mourão diz que Brasil tem nos Estados Unidos um rival em relação ao agronegócio - Divulgação/Palácio do Planalto
Mourão diz que Brasil tem nos Estados Unidos um rival em relação ao agronegócio Imagem: Divulgação/Palácio do Planalto

Emilly Behnke

Brasília

09/11/2020 19h02

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira, 9, que o Brasil tem nos Estados Unidos um rival em relação às atividades do agronegócio. Em entrevista à Rádio BandNews FM nesta tarde, Mourão comentou que o País precisa disputar mercado com os norte-americanos, mas ressaltou que o Brasil é atualmente "o grande produtor de alimentos do mundo".

"Os Estados Unidos são rivais nossos em termos de produção nessa área (agronegócio), então temos que disputar esse mercado com eles. A maior fatia do mercado está em países asiáticos e africanos que têm necessidade muito grande de manter sua segurança alimentar e o Brasil é o grande produtor de alimentos do mundo hoje, alimentando em torno de um bilhão de pessoas", disse.

O vice-presidente afirmou que a maioria dos produtores rurais brasileiros "já se movimentou há algum tempo em termos noção da cadeia de sustentabilidade". Ele observou que o setor é um dos carros-chefes da economia do País e tem a preocupação com a preservação ambiental. Mourão disse ainda que o governo de Jair Bolsonaro apoia e "tem uma ligação muito forte com o agronegócio".

"O agronegócio é o setor mais comprometido com a preservação ambiental. Posso dizer tranquilamente que 95% dos nossos produtores rurais têm essa visão (de preservação). Tira 5% que ainda não entenderam para onde o mundo está se orientando e têm uma visão antiquada do uso da terra", declarou.

Documentos do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL) obtidos pelo Estadão também registram a preocupação com um interesse do país asiático pelos recursos naturais estratégicos, especialmente a água. O órgão comandado por Hamilton Mourão destaca que as potencialidades brasileiras já estão na mira de potências como Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos.

"A entrada da China no seleto grupo de grandes potências econômicas hegemônicas do mundo, contextualiza uma nova realidade global, na qual regiões ricas em recursos naturais estratégicos passam a ser o alvo das políticas externas do Governo chinês", ressalta uma apresentação feita na última terça-feira, 3, aos integrantes do Conselho.