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Transportes e alimentos pressionam inflação da baixa renda em novembro, diz FGV

Pacotes de feijão na prateleira do supermercado em Sorocaba (SP) - Cadu Rolim/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Pacotes de feijão na prateleira do supermercado em Sorocaba (SP) Imagem: Cadu Rolim/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Vinicius Neder

Rio

04/12/2020 08h43

Os preços dos alimentos seguiram em novembro no papel de vilões da inflação para as famílias de renda mais baixa, mas gasolina e passagens aéreas também pressionaram o IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1), calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Mais cedo, a entidade informou que o IPC-C1 subiu 0,95% em novembro, depois de uma alta de 0,71% em outubro. Com o resultado, o índice acumulou alta de 4,85% no ano. Em 12 meses, o indicador acumulou avanço de 5,82%

Segundo a FGV, em novembro, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (0,29% para 0,9%), Educação, Leitura e Recreação (1,33% para 2,56%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,05% para 0,23%), Habitação (0,28% para 0,39%), Alimentação (2,08% para 2,18%) e Despesas Diversas (-0,01% para 0,11%).

Na classe dos Transportes, os itens passagem aérea (com salto de 27,16%) e gasolina (alta de 2,36%) lideraram a lista de maiores impactos positivos na leitura de novembro do IPC-C1.

Ainda entre os cinco maiores impactos, figuram três alimentos: batata inglesa (32,43% em novembro, ante 15,26% em outubro), tomate (18,81% ante 12,60%) e arroz (5,79% ante 12,74%). Dentro da classe de Alimentação, o segmento de hortaliças e legumes acelerou de 3,91% em outubro para 12,15% em novembro.

O peso maior dos itens relacionados em Alimentação é uma característica do IPC-C1, já que as famílias mais pobres comprometem parte maior de sua cesta de compras com alimentos.

O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.