Indicadores sugerem continuidade de recuperação desigual entre setores, afirma BC
"Contudo, prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais", afirmou o BC. Essas ideias já haviam sido expressas em documentos recentes do BC, como a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada na terça-feira.
Ao avaliar o nível de preços no Brasil, o BC reafirmou que "diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se em níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária".
Choques inflacionários
O Banco Central repetiu, por meio do RTI, que os choques inflacionários atuais são temporários. Ao mesmo tempo, a instituição projetou inflação ainda elevada em dezembro.
"As últimas leituras de inflação foram acima do esperado e, em dezembro, apesar do arrefecimento previsto para os preços de alimentos, a inflação ainda deve se mostrar elevada, com coleta extraordinária de preços de mensalidades escolares e transição para o mais elevado patamar de bandeira tarifária de energia elétrica", registrou o BC. "Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção, em particular as medidas de inflação subjacente."
Fechamento de empresas
O Banco Central publicou, no RTI, um boxe que busca avaliar a dinâmica de fechamento de empresas no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus. Uma das conclusões é de que, até o momento, não houve encerramento permanente de firmas de forma disseminada na economia.
Conforme o BC, os dados apresentados no boxe "indicam que o processo de reabertura de empresas apontado pela Pesquisa Pulso Empresa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem continuado desde agosto nos segmentos mais diretamente afetados pelo distanciamento social".
Cenário externo
No RTI agora divulgado, o Banco Central reafirmou que, "no exterior, a ressurgência da pandemia em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e deverá afetar a atividade econômica no curto prazo". Esta avaliação já constou na ata do último encontro do Copom.
"No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas contra a Covid-19 tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo", pontuou o BC. "A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração, permitindo um ambiente favorável para economias emergentes."
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